quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A função das naninhas

 
Paninhos, bichinhos de pelúcia, brinquedos, cobertores e até travesseiros, são objetos transicionais, que deixam as crianças mais seguras na hora de dormir.

É hora de dormir. Bebê deitado, fralda colocada, ambiente tranquilo. Depois da historinha, a criança sonolenta parece calma e pronta para pegar no sono. Tudo perfeito, cama quentinha, luzes apagadas e... o bebê começa a chorar – sinal claro de que a noite está apenas começando! 


   Se essa cena lhe parece familiar, antes de se desesperar, saiba que seu filho pode estar inseguro, com medo de se separar da mãe. E uma das maneiras mais eficazes de lidar com essa fase de transição é dar a ele um amiguinho de pelúcia, um brinquedinho de tecido, um cobertorzinho macio, uma fraldinha de pano ou até um travesseirinho fofinho. São os chamados objetos transicionais.

Qual escolher?

    De acordo com a pediatra Ana Escobar, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, antes de dormir, as crianças gostam de ter, por perto, objetos familiares para segurar. “Eles trazem segurança para o nenê”, ressalta a médica.
   Os objetos transicionais simbolizam a figura materna para a criança. Há uma inevitável associação com o colo e o aconchego. Paninhos, cobertores e brinquedos de pano costumam fazer sucesso entre os bebês. Alguns meninos podem escolher objetos mais duros, como um travesseiro ou um bichinho de pelúcia.
   Segundo o psicanalista inglês Donald Winnicott, mais importante do que o objeto, é a experiência da criança com ele. “Ele ajuda o bebê na difícil tarefa de construir sua identidade. São os primeiros estágios de uso da ilusão, uma transição que abre caminho para o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de brincar".

Tem idade para retirar?

     Não convém deixar a criança usar o objeto durante toda a infância. Com 2 anos de idade, a compreensão das situações fica mais clara para o bebê e é um bom momento para começar a retirar os objetos. Eles perdem o sentido à medida que a criança desenvolve interesses culturais, como jogar, desenhar e fazer algum esporte. 
     Para a psicóloga Maria Eugênia da USP, os objetos devem ser encarados como algo saudável, mas seu uso prolongado – após os 2 anos de idade – pode representar uma dificuldade da criança em passar pelo processo de individualização. “Pode haver a fixação da criança pelo brinquedo”, relata a Maria Eugênia. 

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