sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Prós e contras de ter uma babá


Como a maioria das escolhas que fazemos na vida, a contratação de uma babá traz consigo vantagens e desvantagens que devem ser pesadas de acordo com o que você mais precisa para aquele momento específico.

Procuramos listar a seguir alguns pontos básicos para ajudar na sua escolha.

Por que vale a pena
Uma babá dá atenção individual ao bebê, ao contrário de um berçário ou creche, onde há várias crianças para serem cuidadas ao mesmo tempo.

Isso possibilita que seu filho seja plenamente atendido e estimulado, e também que crie uma relação de afeto com essa nova pessoa, que muitas vezes acaba virando quase um membro da família.

Além disso, por estar em seu próprio ambiente e continuar com sua rotina, o bebê tende a se adaptar melhor à sua ausência na volta ao trabalho.

Outra vantagem é o alívio de saber que seu filho não terá que ser tirado de casa naqueles dias em que aparece um febrão ou dor de barriga de última hora -- um dos maiores pesadelos das mães que trabalham fora e não podem faltar a compromissos. E também saber que ele provavelmente ficará doente com menos frequência se não frequentar a escolinha tão cedo.

Embora não seja uma escolha barata, o custo-benefício pode compensar se você tiver mais de uma criança e precisar pagar uma mensalidade escolar para cada uma.

Problemas a considerar
Sem dúvida nenhuma, ao somar pagamento de salário, impostos e condução, a despesa não é pequena e pesa no bolso. É sempre uma questão de olhar para o seu orçamento doméstico e decidir se dá mesmo para encarar ou até se é possível cortar outras despesas para poder arcar com os custos da babá.

Outra questão que muitos pais e mães levantam é em relação à enorme confiança que têm que depositar em uma única pessoa para cuidar dos filhos, sem ter muito como checar o seu trabalho, já que não estarão em casa.

A falta de convivência e de mais tempo para brincar com coleguinhas da mesma idade, como no ambiente de uma escolinha, também incomoda algumas famílias.

E, por fim, a última desvantagem é que esta não é uma função com uma abundância de profissionais competentes e de confiança no mercado, e pode levar um bom tempo até você achar a pessoa certa. 


[BabyCenter]

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

12 motivos por que o bebê chora tanto


Chorar é o único jeito que o bebê tem de comunicar essas necessidades. No começo, pode ser desesperador tentar descobrir exatamente qual necessidade é essa: ele está com fome? Com frio? Com sede? Com tédio? Quer colo? Com o tempo, porém, você vai começar a distinguir um pouco melhor cada choro do bebê.
À medida que vão crescendo, os bebês aprendem outros meios de se comunicar conosco. Aperfeiçoam o contato visual, fazem barulhinhos e até sorriem. Tudo isso reduz a necessidade de choro. Os motivos mais comuns para o chororô dos bebês estão na lista abaixo. Se seu bebê não para de chorar, experimente ir seguindo a lista item a item.

Mesmo que nada dê certo, você vai ficar com a consciência mais tranquila de saber que fez tudo o que podia para consolar seu filho.

1. Preciso comer


A fome é o motivo mais comum para um recém-nascido chorar. Quanto mais novo for o bebê, maior é a probabilidade de ele estar chorando de fome. O recém-nascido tem o estômago pequeno, que não aguenta uma quantidade muito grande de leite.

É bom aprender a identificar os primeiros sinais da fome antes do choro: colocar a mão na boca, ficar "procurando", ficar inquieto. Aí você já oferece o leite e evita que o bebê fique nervoso.

Se o bebê chorar, tente oferecer leite. Pode ser que ele não pare de chorar na hora, mas deixe-o mamar. Conforme o estômago dele for se enchendo, ele deve se acalmar. Caso o bebê já esteja de barriga cheia e continue chorando, talvez esteja querendo dizer a próxima coisa da lista.

2. Estou com a fralda suja


Há bebês que não estão nem aí se a fralda está com cocô -- é um quentinho gostoso --, e há outros que querem ser trocados na hora, principalmente se estiverem com a pele irritada. Verifique a fralda do seu filho e troque-a, se necessário. Talvez isso resolva o choro, portanto sempre vale a pena tentar.

3. Estou com sono


Seria ótimo se os bebês simplesmente fechassem os olhos e dormissem sempre que estivessem cansados, mas muitas vezes eles não conseguem fazer isso.

Quanto mais cansado fica, mais irritável e agitado o bebê fica, e aí é mais difícil dormir. Procure colocá-lo para dormir aos primeiros sinais de sono: olheiras, irritabilidade, olhar caído, esfregação de olhos ou orelha.

Saiba mais sobre como colocar o recém-nascido para dormir.

4. Preciso arrotar


Quando o bebê chora depois de mamar, principalmente se estiver deitado, pode ser que tenha um belo arroto "entalado".

Leia o artigo sobre por que é importante colocar o bebê para arrotar e veja o vídeo com as melhores posições para arrotar.

Basta colocar o bebê na vertical e dar uns tapinhas nas costas. Se depois de uns dez minutos não der certo, pode ser o item seguinte.

5. Estou com dor de barriga


Como o sistema digestivo do bebê ainda é imaturo, ele pode chorar de cólica, devido a gases ou porque está com dificuldade de fazer cocô.

Em alguns casos, o bebê chora porque sofre de refluxo, ou seja, o leite fica voltando mais do que o normal e provoca dor e desconforto.

Normalmente os pais conseguem distinguir a causa da dor quando se trata de dor de barriga. O bebê fica vermelho, ou chora logo depois de mamar.

Consulte o pediatra para ver o que pode fazer para aliviar a dor, como o uso de gotas antigases. Leia mais no artigo sobre a cólica no bebê.

Você pode fazer uma massagem, colocar bolsa de água quente na barriguinha do bebê, fazer movimentos de bicicleta com a perninha ou dar alguma coisa para ele sugar (a chupeta ou o seio), pois o movimento de sucção relaxa e alivia a dor. Só atenção para não usar esse expediente o tempo todo, para o bebê não começar a usar seu peito só como chupeta.

6. Preciso de colo


Há bebês que precisam de mais colo para se sentir seguros. Crianças um pouco mais velhas já se acalmam só de ver você no quarto ou ouvir sua voz, mas os pequenininhos precisam do contato físico. Se seu filho está alimentado, de fralda trocada, e continua chorando, pode ser que só esteja querendo colo mesmo.
Se seu filho for da turma do colinho, você pode usar outras estratégias, como o canguru ou o sling (uma espécie de rede), que mantêm o bebê perto de você mas liberam suas mãos para fazer outras coisas.
Recém-nascidos também estranham ficar "soltos" num espaço muito grande. Você pode ter mais sucesso se deixá-lo enrolado numa manta leve. ou colocá-lo num local mais aconchegante que o berço, como um moisés ou o carrinho.

7. Estou com frio! Estou com calor!


Certos recém-nascidos detestam ficar pelados para a troca ou para o banho. Não estão acostumados a sentir o contato do ar com a pele e preferem ficar de roupa. Se seu bebê for um desses, você logo vai aprender a trocar a fralda em velocidade recorde, para acabar com as reclamações.

Por outro lado, tome cuidado para não exagerar nas roupas, senão a criança vai ficar com calor. Um bom jeito de verificar a temperatura do bebê é sentir a barriga dele. Se ela estiver quente e suando, tire um pouco de roupa. Se ela estiver fria, agasalhe-o mais. Não vá pelas mãos e pelos pés, porque eles tendem a ficar mais frios que o resto do corpo.

8. Tem uma coisinha me incomodando


Bebês pequenininhos podem ficar incomodados fácil, com um elástico muito apertado da roupa, uma dobra na fralda ou um fio de cabelo seu que se enrolou no dedo do pé ou da mão.

Dê uma boa inspecionada no bebê para ver se não tem nada incomodando. Troque a posição dele, tire a meia, olhe dentro da fralda, veja se não há uma etiqueta ou algo áspero na roupinha.

9. Tem dente nascendo


O nascimento dos dentes é um longo processo que incomoda bastante alguns bebês. Se seu filho está chorando mais do que o normal, experimente sentir a gengiva dele com seus dedos. Você pode se surpreender.

Os primeiros dentinhos costumam surgir entre os 4 e os 7 meses, mas podem chegar bem antes ou bem depois. Leia mais sobre o nascimento dos dentes.

10. Preciso de menos estímulo


Pais de bebês maiorzinhos conhecem a situação: o bebê tem um ataque de riso e emenda com um ataque de choro! Os estímulos do mundo às vezes são demais para os bebês.

Um dia cheio de visitas e atividades pode deixar o recém-nascido muito excitado, e ele tem dificuldade para "desligar". O excesso de estímulo -- luzes, barulho, passar de colo em colo -- pode deixar o recém-nascido inquieto.

O bebê fica difícil no fim do dia, ou quando a casa está cheia. Talvez o bebê esteja só dizendo: "Chega". Experimente levá-lo para um lugar calmo, reduzindo o nível de estímulo. Pode ser que ele ainda chore mais um pouco, mas que depois finalmente se tranquilize e durma.

11. Preciso de mais estímulo


Há bebês que não gostam de silêncio. Ficam mais calmos em meio a muita gente, observando a movimentação. Também não gostam de escuro. Experimente ligar música no quarto do bebê, ou levá-lo para um passeio no carrinho, e estacionar num lugar onde ele possa ver as pessoas.

Para esses bebês, o sling ou canguru é uma boa saída, pois a criança fica exposta ao seu movimento e aos barulhos que cercam você.

12. Não estou me sentindo nada bem


Se nada deu certo, é inevitável começar a pensar que talvez o bebê esteja com alguma dor. Quando o bebê está com dor, ele chora num tom diferente do choro normal -- pode ser um choro mais desesperado, ou mais gritado. Por outro lado, para um bebê que chora bastante por natureza, o silêncio é que pode ser o sinal de que há algo errado.

O mais importante é lembrar que você conhece o seu filho melhor que qualquer outra pessoa. Se você sentir que há alguma coisa errada, verifique a temperatura para ver se ele não está com febre e observe-o bem. Se não passar, converse com o médico.

Profissionais de saúde podem tranquilizar você sobre o choro, para que você tenha certeza de que a causa não é física. Para mais orientações, consulte nosso texto sobre quando procurar o médico.

O choro parece não ter motivo. E agora?


Existem crianças que simplesmente choram muito (assim como há as que dormem muito, falam muito, se movimentam muito). Também é questão de temperamento.

Um bebê que passa o tempo todo chorando não está se prejudicando, mas com certeza está descabelando a família inteira (e os vizinhos também). Se seu filho continua infeliz, mesmo com todos os esforços para entender o porquê do choro, não deixe de ler nossa matéria o que fazer quando o bebê chora sem motivo.



[babycenter]

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

10 passos para uma gravidez saudável



1. Organize e planeje seu pré-natal
Um bom pré-natal é essencial para a saúde do bebê, e escolher o obstetra ou ginecologista o quanto antes ajuda a construir um bom relacionamento até a hora do parto. Peça recomendações às suas amigas.

2. Alimente-se bem
Você não precisa comer mais porque está grávida, mas é importante ter uma alimentação equilibrada e saudável. Muitas mulheres param de comer certo tipo de alimento, mas é sempre possível arranjar um substituto que tenha valor nutricional parecido. O ideal é ter uma dieta que inclua verduras, legumes e frutas, carboidratos (de preferência integrais), proteína -- que pode vir do peixe, da carne, do frango, dos ovos, de castanhas ou sementes -- e também leite e laticínios em geral.

3. Tome cuidado com o que come
É melhor evitar certos alimentos na gravidez, porque eles podem representar risco para o bebê se estiverem contaminados. A listeriose, doença que provoca aborto espontâneo ou problemas graves no recém-nascido, pode ser transmitida por queijos como o brie, camembert, roquefort, gorgonzola e os queijos brancos tipo frescal ou "de Minas", estes últimos às vezes feitos com leite não-pasteurizado.

Devido ao risco de toxoplasmose, que embora seja pequeno existe, evite comer carne crua ou malpassada. Lave bem verduras, legumes e frutas para tirar todo resquício de terra ou sujeira.

Infecções alimentares por salmonela (salmonelose) são transmitidas por alimentos de origem animal, como carnes, peixes, ovos e leite, portanto segure a vontade de lamber a colher de massa de bolo crua.

4. Tome suplemento de ácido fólico
O único suplemento que é considerado vital na gravidez é o ácido fólico, que ajuda a prevenir problemas congênitos no bebê ligados ao fechamento do tubo neural, como a espinha bífida, ou mielomeningocele. Trata-se de uma condição grave que acontece quando o tubo que abriga o sistema nervoso central, na coluna, não se fecha totalmente, o que pode causar deficiências. Todas as mulheres que estejam pensando em engravidar devem tomar um suplemento diário de 400 mcg de ácido fólico, desde antes da concepção até o fim do primeiro trimestre da gravidez. No Brasil, as farinhas de trigo já são fortificadas com ácido fólico para atingir toda a população, mas isso não elimina a necessidade do suplemento. O folato também está naturalmente presente em alimentos como as verduras (espinafre, brócolis e repolho, por exemplo), o suco de laranja, a beterraba e o feijão.

Outros nutrientes importantes para sua saúde e para a do bebê são o ferro e o cálcio, que podem ser supridos normalmente pela alimentação. No entanto, muitos médicos receitam suplementos vitamínicos especiais para grávidas, que contêm reforços desses nutrientes.

A gordura natural dos peixes, como o ômega 3, também tem um efeito benéfico no peso do bebê e no desenvolvimento do cérebro e dos nervos no final da gravidez. Os peixes que mais contêm esse tipo de ácido graxo são o salmão, a sardinha, a truta, a cavalinha e o arenque.

5. Faça atividade física regularmente
Um bom programa de exercícios vai lhe dar a força e a resistência necessárias para carregar o peso extra da gravidez e para aguentar o estresse físico do parto. Também contribui para que você entre em forma mais rápido depois que o bebê nascer. Além disso, a atividade física ajuda a melhorar o humor, com a liberação da serotonina -- o que reduz o risco de você sucumbir a uma certa tristeza comum nessa fase.
Se você já está acostumada a se exercitar, o mais provável é que possa continuar com a mesma atividade, desde que esteja se sentindo confortável. Mas não faça esportes em que corra o risco de cair ou levar impactos. Os mais benéficos são atividades mais amenas, como caminhadas, natação, hidroginástica e ioga.

6. Comece a exercitar os músculos da região da vagina
Pode ser que você nunca tenha ouvido falar disso, mas esse tipo de exercício devia ser feito por todas as mulheres desde a adolescência. Além de combater o problema da incontinência urinária, ele contribui para aumentar o prazer sexual -- por isso é usado nas técnicas de pompoarismo.

A vantagem é que você pode fazê-lo a qualquer hora, em qualquer lugar, sem ninguém perceber. Os músculos do assoalho pélvico formam uma rede na base da sua pelve e sustentam a bexiga, a vagina e o reto. Durante a gravidez, eles sofrem a pressão do peso do útero, e também ficam mais relaxados por causa das mudanças hormonais. A prática diária dos exercícios ajuda a fortalecê-los.

Várias vezes por dia -- por exemplo, enquanto lava as mãos, escova os dentes ou prepara o café --, faça dez contrações lentas e dez rápidas dos músculos do assoalho pélvico. Um bom jeito de sentir como fazer essas contrações é imaginar que está fazendo xixi e interromper o fluxo imaginário de urina.

7. Não tome remédios sem falar com o médico
Não tome nenhum tipo de remédio sem antes perguntar para o médico se pode. Se você costuma usar algum medicamento, pergunte na primeira consulta do pré-natal se vai poder continuar tomando. Antes da consulta, tente lembrar os problemas que você costuma ter com frequência e os remédios que toma (como para alergia, cólicas, dor de cabeça, problemas de pele etc.). Faça uma lista e verifique com o médico o que vai poder tomar se precisar. Mas o ideal mesmo é evitar ao máximo tomar remédios.

8. Reduza seu consumo de cafeína
O café, o chá e os refrigerantes à base de cola e guaraná são estimulantes. Algumas pesquisas indicam que o excesso de cafeína pode contribuir para o risco de o bebê nascer abaixo do peso. A quantidade máxima aceitável é de quatro cafezinhos por dia (ou seis xícaras de chá), mas o melhor mesmo é reduzir o consumo.

9. Pare de fumar e de beber
Mulheres que fumam têm risco maior de aborto espontâneo, de parto prematuro e de ter um natimorto. Estudos mostram que grávidas que fumam um maço ou mais por dia têm mais probabilidade de ter um bebê com lábio leporino ou fenda palatina. O ideal é parar de fumar antes mesmo de engravidar, mas qualquer redução no número de cigarros que você fuma por dia já facilita um pouco a vida do seu bebê.

Não consuma bebidas alcoólicas regularmente. O álcool chega rapidamente ao bebê pela placenta, e a grande ingestão de álcool durante a gravidez está ligada a doenças da síndrome alcoólica fetal, que inclui desde dificuldades de aprendizagem até problemas congênitos graves. Beber muito, mas de uma vez só, numa saída à noite, por exemplo, também é prejudicial. O mais garantido é seguir a orientação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde e não beber durante a gravidez. Alguns médicos brasileiros, no entanto, adotam uma postura mais flexível, permitindo que suas pacientes tomem, em ocasiões especiais, uma taça de vinho ou um copo de cerveja.

10. Descanse
O cansaço e o sono que você sente no primeiro e no terceiro trimestre da gravidez não são nada mais que seu corpo pedindo para você ir com calma. No melhor dos mundos, uma soneca todo dia depois do almoço seria perfeita. Se não dá, tente dar uma relaxadinha de meia hora, pôr os pés para cima, do jeito que conseguir. Técnicas de relaxamento como ioga, alongamentos e massagem ajudam a reduzir o estresse e colaboram para você dormir bem.


[
BabyCenter Brasil]

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014


Junto à descoberta de uma gravidez, uma série de dúvidas relacionadas à beleza costuma surgir. Pode pintar o cabelo? E fazer luzes? Como prevenir estrias? Os seios vão ficar flácidos? Essas são apenas algumas das mais comuns. “A gestação é um período único, com características próprias, por isso, nem sempre é possível seguir a mesma rotina e usar os mesmos produtos, que podem causar alergia”, explica Natalia Castro, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz.
Cabelo, corpo, rosto e unhas precisam de cuidados especiais. Descubra o que é permitido durante a gestação e o que deve ficar de fora da sua rotina segundo especialistas.
Thinkstock/Getty Images


CabeloQuando a questão é a coloração dos fios, o melhor a fazer é deixar o hábito de pintá-los de lado. De acordo com Mariana Lautenschlager, ginecologista e obstetra da Clínica Mãe, várias das substâncias contidas em tinturas podem não ser seguras para o bebê, principalmente no primeiro e segundo trimestres da gravidez. “Evite tinturas até a 20ª semana de gestação e, após esse período, escolha produtos sem amônia nem chumbo para voltar o seu cabelo ao tom natural, evitando retoques”.
No caso das luzes, a regra é mais maleável, como ensina Natalia. “Depois do primeiro trimestre, a gestante pode retocar, desde que passe o produto com uma distância de, ao menos, dois centímetros da raiz”, fala. A médica recomenda ainda que a gestante peça uma cartinha de seu médico explicando como as luzes devem ser feitas para levar ao cabeleireiro.

Os cuidados do dia a dia não mudam tanto, só é preciso atenção redobrada à formulação dos produtos: utilize xampus suaves, de boa procedência e hipoalergênicos e evite secadores e chapinhas, que facilitam a quebra dos fios. Flávia Ravelli, dermatologista da maternidade Pro Matre Paulista, afirma que, durante a gestação, observa-se um aumento nos níveis de progesterona, hormônio que deixa os fios sedosos, brilhantes, volumosos e muito bonitos. “Por isso, em geral, é necessário fazer pouco em relação aos fios. Hidratação em casa ou em salões está liberada. Evite apenas aqueles xampus e condicionadores para tratamento de seborreia e que contenham o conservante parabeno”, defende.Procedimentos que alteram a estrutura e a conformação dos fios, como escova progressiva e permanentes, não são permitidos. “Esses tratamentos contêm produtos proibidos durante a gestação, como formol, que, mesmo em quantidades mínimas e autorizadas para o uso em não gravidas, poderão causar danos ao bebê”, afirma Mariana.
RostoSe os produtos anti-idade já fazem parte da sua rotina, esqueça. Durante a gestação, menos é mais quando o assunto é cuidados com o rosto. “Muitos desses produtos são potencialmente causadores de má-formação, como os que levam ácido retinóico. O ideal é que a mulher faça a higiene com sabonete específico para a sua pele, de preferência um indicado pelo seu médico, e use vitamina C, que não tem contraindicações e ajuda aprevenir melasma gestacional e rugas”, diz Natalia. Flávia ressalta que nem todos os ácidos estão proibidos. “Após o terceiro mês, ácido ascórbico, ácido láctico, ácido glicólico, ácido kójico e ácido azeláico podem ser usados, desde que em concentrações adequadas.”
O protetor solar é mandatório, segundo as especialistas. “Intensificar a proteção contra os raios do sol é fundamental. A mudança hormonal propicia o aparecimento de manchas, principalmente no rosto, e o sol piora muito o quadro. Se for necessário, use, além de cremes, roupas com proteção solar”, afirma Mariana.
Limpezas de pele e peeling também devem, preferencialmente, ser deixados de lado no período. “Se realmente for necessário alguma intervenção, deve ser feita de modo direcionado para grávidas, com produtos adequados para ela”, indica Samantha Kelmann, dermatologista do Hospital 9 de Julho. A médica ainda afirma que, caso a pele se torne acneica, o correto é procurar um dermatologista para indicar as medicações e cuidados individuais mais adequados à paciente.
Getty Images

CorpoA maior preocupação das mulheres durante a gestação tende a ser o surgimento de estrias, e a melhor maneira de preveni-las é manter a pele sempre hidratada. “É como se a pele fosse um monte de células de mãos dadas, todas bem juntinhas. Há um certo espaço para que seus braços estiquem e, quando esse estiramento é maior do que se pode suportar, surgem as estrias. A maior arma contra elas é uma hidratação potente desde os primeiros meses”, explica a ginecologista e obstetra Natalia.
Flavia lista os ingredientes que são permitidos nas formulações de hidratantes: glicerina, ceramidas, aquaporinas, pantenol, manteiga de karité, óleos (amêndoas doces, framboesa, semente de uva, rosa mosqueta), silicone, polipeptídeos botânicos e lactato de amônia. “Esses ingredientes auxiliam não só na hidratação da pele como também o aumento da elasticidade. Deve-se evitar hidratantes contendo ureia, chumbo e cânfora, pois a ureia aumenta a absorção de outras substâncias, e o chumbo e a cânfora podem causar alterações fetais”. É importante ressaltar que escolher produtos com um cheiro mais suave ajuda a evitar enjoos.
Os tratamentos estéticos com lasers, luz intensa pulsada, peelings químicos, toxina botulínica e preenchedores são contraindicados na gestação. Já drenagem linfática pode ser incluída à rotina. “Ela auxilia a circulação, evitando edemas incômodos e melhorando o conforto da gestante. Movimentos delicados poderão trazer benefícios da drenagem sem piorar varizes. Cuide apenas para manter a barriga de lado, quando a gravidez já estiver avançada, para minimizar risco de mal-estar e hipotensão”, afirma a ginecologista e obstetra Mariana.
O cuidado com as mamas segue a linha do com o resto do corpo. “Já as aréolas mamárias deverão ser preparadas para a amamentação ao final da gestação. Isso pode ser conseguido através de exposição solar por dez minutos ao dia, antes das 10h ou após às 16h, deixando-as mais resistentes e menos susceptíveis às rachaduras. Portanto, não aplique hidratantes nos mamilos”, diz Flavia.
UnhasEscolher esmaltes hipoalergênicos é a principal recomendação das especialistas. No entanto, Natalia alerta para o fato de que ter o seu próprio kit para fazer as unhas ajuda a evitar infecções perigosas. “Isso vale para todas as mulheres: é melhor ter o seu alicate sempre higienizado em mãos.”

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Como evitar e tratar as estrias que podem surgir na gestação

Uma das maiores preocupações estéticas femininas é o surgimento de estrias. Na gestação, o medo aumenta e não é para menos: estudos mostram que mais de 70% das mulheres apresentarão o problema. Esse tipo de cicatriz na derme é muito comum, mas pode ter grande impacto estético e psicológico. “Existem várias teorias para justificar seu aparecimento. A mais aceita é a de que as alterações hormonais de determinadas situações, associadas ao estiramento mecânico da pele, causem fragilidade e ruptura de fibras elásticas e de colágeno”, explica a dermatologista Thais Bello, de São Paulo. Justamente o que acontece na adolescência e na gravidez, quando o aparecimento das temidas linhas é mais frequente. E há ainda a predisposição genética. “Estudos mostram quadros mais severos em indivíduos negros e com maior índice de massa corpórea. As fumantes também parecem estar mais predispostas”, diz Thais.

Prevenção
Na gestação, as estrias podem aparecer nas coxas, mamas e abdome, principalmente a partir da 24ª semana. Mulheres que engravidam bem jovens correm mais risco do que as mais velhas, pois a pele delas é menos complacente ao estiramento. As com maior ganho de peso também são mais suscetíveis. “As mulheres obesas devem planejar a gestação para depois da perda de peso”, orienta Thais.Os hidratantes podem e devem ser utilizados tanto durante a gravidez quanto fora dela. “Parte da elasticidade da pele é dada pela quantidade de água da epiderme. A utilização do produto auxilia na prevenção da formação das estrias”, afirma Ana Mosca, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro. Dê preferência a cremes e óleos vegetais com fragrância leve. Em geral, produtos específicos para gestantes são mais seguros, pois não contêm substâncias contraindicadas, além de possuir boa textura para uma massagem leve. “O uso de ácidos retinoicos e hidratantes à base de ureia a 10% é contraindicado durante a gravidez”, alerta Ana.

Tratamentos
A estria é uma cicatriz e permanente, mas é possível melhorar bastante seu aspecto, dependendo da profundidade, da extensão e do tipo. As mais recentes, que costumam ser avermelhadas, estão na melhor fase para o tratamento. Para atenuar a marca, procure um médico especialista. Ele vai levar em conta a cor da pele da paciente, se ela está gestante ou amamentando, se tem o hábito de se expor ao sol e a que grau de invasividade está disposta a se submeter. “O mais comum hoje em dia é o uso de retinoides, ácido glicólico, formulações magistrais com vitamina C, alfa-hidroxiácidos, peelings químicos e intradermoterapia” recomenda Ana.

Produtos
 produtos-gravidas-estrias-01
1. Bálsamo corporal, La Roche-Posay, R$ 89,90
2. Creme de Uréia e Óleo de Semente de Uva, Granado, R$ 41
3. Emulsão para prevenção de estrias, Natura, R$ 52,80
4. Loção compatível com a lactação, Mustela, R$ 149,90

 produtos-gravidas-estrias-02
1. Loção hidratante Hidramamy, Mantecorp, R$ 45
2. Creme pré e pós-parto, O Boticário, R$ 52,99
3. Óleo de bétula, Weleda, R$ 95,10
4. Óleo de amêndoas, abacate e uva, Paixão, R$ 25,90


Maria Flor Calil

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A anestesia para o parto


Desde a confirmação da gravidez, diversas são as dúvidas das futuras mamães, especialmente as de primeira viagem. Algumas delas, no entanto, podem ser facilmente resolvidas com uma boa conversa com um especialista. É o caso da anestesia para o parto. Várias são as técnicas e indicações, e ninguém melhor do que o médico anestesiologista para explicar às gestantes como funciona todo o processo de analgesia, e quais as indicações para cada caso.

As anestesia regionais, entre as quais se destacam os bloqueios neuroaxiais (peridural, raquianestesia e combinada raqui-peridural) são as mais utilizadas, explica o dr. Carlos Othon Bastos, membro da Comissão Científica da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP) e ex-presidente do Comitê de Anestesia em Obstetrícia da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Aplicadas adequadamente, são capazes de abolir completamente a dor de qualquer fase evolutiva do trabalho de parto, inclusive no parto normal.
“O parto normal, com a utilização de técnicas adequadas de analgesia espinhal, apresenta inúmeras vantagens para o binômio materno-fetal”, afirma dr. Carlos.
Além disso, explica ele, a anestesia diminui a sobrecarga cardiorrespiratória materna, que pode se tornar bastante intensa na progressão do trabalho de parto.
“Ao aplicar a anestesia, reduzimos a liberação de catecolaminas e outros hormônios e substâncias ligadas ao estresse e à dor, o que repercute de forma positiva sobre o concepto contribuindo para a manutenção de adequado fluxo sanguíneo útero-placentário”.
Os avanços da anestesia
Um recente marco na anestesiologia foram os diversos estudos favoráveis e consequente proliferação do uso de opióides espinhais na década de 90, permitindo a redução significativa da concentração e da dose de anestésicos.
“Estes fármacos possibilitam a abolição da dor, porém mantêm o tônus motor e o equilíbrio necessários para um bom andamento do parto”, explica o anestesiologista.
Mitos e verdades
Um equívoco bastante comum é achar que a anestesia pode prejudicar a dilatação do colo do útero durante o trabalho de parto.
“Se realizada de forma adequada, com fármacos em quantidades e concentrações ideais, a anestesia regional interfere de forma mínima e, às vezes, até mesmo benéfica na evolução da dilatação do colo uterino. Assim, causamos diminuição insignificante da força motora, mantendo a capacidade da parturiente de atuar de forma ativa para o nascimento do concepto através dos esforços expulsivos”, pondera dr. Carlos.
Prevenção de riscos
Apesar dos benefícios da peridural, há algumas contra-indicações. Mulheres que apresentem distúrbios adquiridos ou congênitos de coagulação, ou portadoras de algumas cardiopatias e doenças neurológicas, não devem se submeter a esse procedimento anestésico. Nestes casos, é necessário disponibilizar métodos alternativos de analgesia, como técnicas sistêmicas, para que não se privem do alívio da dor.
Complicações ocasionadas pela anestesia, embora raras, podem acontecer. Por isso, a anestesia deve ser realizada por médico anestesiologista, que é o profissional adequadamente treinado para o procedimento. Além disso, ter os equipamentos necessários para a analgesia e monitoramento da parturiente e do feto é imprescindível para identificar e tratar precocemente eventual intercorrência.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cuidados com as mamas antes e durante a amamentação

As mamães, principalmente as de primeira viagem, ficam muito ansiosas em relação à amamentação. São tantas dúvidas que surgem. Elas acham que vai machucar o bico do seio, que não vão conseguir amamentar e que o peito pode empedrar. São histórias que normalmente chegam aos seus ouvidos muitas vezes sem clareza.

Vamos falar sobre eventuais dores na mama. Durante a gestação, a aréola do peito já se modifica para receber a boca do bebê. Ela fica mais escura e a pele dessa região um pouco mais grossa e menos sensível. Para ajudar, a mamãe pode tomar sol na região durante 15 minutos por dia, evitando o sol das 10h da manhã até as 16h.
Pode também durante o banho passar uma bucha macia (nada de bucha áspera, tem que ser macia), sem esfregar, ou depois do banho passar a toalha de banho na região, massageando. Isso vai ajudando a região a ficar menos sensível.
Depois que o bebê nascer, não passe nenhum produto para limpar ou hidratar as mamas, principalmente na região das aréolas, que é onde o bebê deve abocanhar. “O leite materno é o melhor produto para hidratar”, informa a fonoaudióloga Jamile Elias.
Não precisa passar álcool para esterilizar o bico antes de o bebê mamar: o próprio leite já faz essa função. As mamas estão um pouco ressecadas ou começando a rachar, leite materno nelas. Passe o leite, espere secar e depois coloque o sutiã. Na hora do banho a mamãe pode lavar as mamas com sabonete e depois enxaguá-las com bastante água.
O sutiã deve sustentar as mamas, com alças mais largas, de preferência de algodão, que são mais confortáveis.
As mamas estão empedrando? Nada de colocar compressa de água quente. No começo pode aliviar, mas logo depois piora. O recomendado é fazer compressa de água fria para aliviar.
Nunca se esquecendo de que rachaduras e empedramento podem ser consequências de uma má pega do bebê no peito. A boca do bebê deve ficar bem aberta e abocanhado praticamente toda a aréola da mamãe. Se abocanhar só o bico pode machucar e o bebê terá dificuldade de retirar o leite.
Anatomia seio para amamentação e a posição correta da pega - Foto: Alila Medical Media/Shutterstock.com
Lembre-se que a amamentação pode ser um período maravilhoso na vida da mãe e do filho. Consulte profissionais da saúde, como médicos pediatras, ginecologistas, fonoaudiólogos e enfermeiros.
Bruno Rodrigues

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Os 10 poderes da amamentação

Amamentar é bom para o bebê e para a mamãe.

Os benefícios ao pequeno e a mamãe são incalculáveis. Em 10 pontos, vamos dar uma dimensão de como esse ato pode favorecer o desenvolvimento dos dois. A amamentação adequada reforça o vínculo entre mãe e filho. Saiba mais sobre o poder da amamentação:

1 - Amamentar Desenvolve o sistema imunológico do bebê.

- O leite materno contém células anti-infecciosas capazes de proteger o organismo do bebê contra infecções, como as intestinais e otites, evitando assim diarreias.

2 - Amamentar Ajuda no desenvolvimento da fala.

- Veja que interessante. A posição da boca nos mamilos provoca a estimulação de pontos articulados responsáveis pela produção dos fonemas (sons).

3 - Amamentar Estimula o crescimento e desenvolvimento adequado da musculatura oral, ajudando na respiração, deglutição e mastigação.

- Uma criança que tenha problemas na respiração pode ter prejudicado o seu sono, concentração e memória. A musculatura oral adequada remete a um bom desenvolvimento da fala.

4 - Amamentar Fortalece o vínculo mãe e bebê

- O contato com a mãe pelo aleitamento materno faz com que o bebê se sinta mais seguro e tranquilo, evitando choro e ansiedade. Além disso, a mamãe se sente menos estressada.

5 - Amamentar Diminui o risco de alergia

- Crianças alimentadas no peito da mãe têm menos risco de terem asma. Outro estudo revela que crianças que desde cedo tomam o leite de vaca aumentam a probabilidade de se tornarem alérgicas, já que as proteínas desse leite estão associadas à dermatite, rinite, sinusite e amigdalite.

6 - O Leite Materno É o alimento mais completo para o bebê

- A mamãe não precisa se preocupar em complementar a alimentação. Nem ao menos se preocupar em oferecer água. O leite materno é completo. Não precisa de mais nada. Apenas a amamentação de forma errada faz com que o bebê não consiga todo o leite, tornando-se incompleta.

7 - Amamentar Evita doenças futuras

- Um bebê amamentado no peito pode evitar durante sua vida algumas doenças como obesidade, diabetes e hipertensão. 

8 - Bebê que Amamenta Dificilmente o bebê terá anemia

- as concentrações de ferro no leite materno é bem maior que em qualquer outro tipo de leite e seu filho não precisará de complemento de ferro para evitar anemia.

9 - Amamentação Evita cólicas

- o leite materno tem proteínas que são facilmente digeridas pelo organismo do bebê. Isso não acontece com o leite de vaca que tem proteínas de difícil digestão.

10 - Amamentar diminui risco de câncer de mama

- Pesquisadores da Espanha descobriram que as mulheres que amamentam seus filhos por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver câncer de mama.
Bruno Rodrigues

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Quatro grandes dúvidas sobre amamentação

1- O peito vai "cair"

Um dos primeiros fatores que levam uma mulher a não querer amamentar mesmo antes de querer ter um filho é a afirmativa que os peitos caem depois de amamentar - Não é a amamentação que faz os peitos caírem. Tem o fator genético, se sua mãe tem o peito caído a sua chance é maior de ter também. E o outro fator é que a pele da região dos seios quando cheios de leite estica e isso pode fazer com que os peitos cedam um pouco depois que o leite seca, amamentando ou não o seu filho.
Bebê sendo amamentado - Cardaf / ShutterStock

2- Amamentar dói

Outro inimigo é a dor - Muitas mamães têm medo de sentir dor porque já escutaram amigas relatando dor ao amamentar e outras passam por isso e desistem de amamentar. A dor só aparece quando a posição e a pega do bebê no seu peito estão incorretas e por isso machuca o bico do peito. As informações sobre aleitamento adquiridas antes do nascimento e na maternidade são importantíssimas para que isso não ocorra. Com uma boa pega e posição correta não há dor, mesmo que o bico já esteja machucado. Sempre tem a sogra, a mãe da nova mamãe ou a tia que sempre tem uma dica, uma superstição e até opinião distinta sobre como amamentar seu filho. Aí a mamãe fica no dilema de qual regra seguir ou segue todas e nada dá certo. Mamãe e bebê ficam nervosos e não há amamentação que funcione. Fique calma, agradeça as dicas, siga o que acha importante, mas sempre adote as orientações que aprendeu com os profissionais especializados.

3- O leite da mãe é fraco e por isso o bebê chora de fome

Nem sempre quando o bebê chora é fome e NÃO EXISTE LEITE FRACO - Muitas mulheres acham que isso existe. Cada mulher produz o leite adequado para o seu filho. O bom é que o leite materno é digerido quase que totalmente pelo organismo do bebê e depois de duas a quatro horas ele vai querer novamente. Diferentemente do leite em pó ou de caixinha que têm componentes mais pesados. A digestão fica lenta e o bebê consequentemente dormirá mais depois da ingestão do leite artificial. Podemos comparar quando comemos uma feijoada, dá uma preguiça depois.

4- A mamadeira é mais prática e alimenta mais

LEITE MATERNO É MUITO MELHOR do que o leite de vaca - A geração anterior, das nossas mães, apresentava resistência à amamentação, já que prendia a mulher em casa e estavam numa época de liberdade da mulher. Para quê amamentar se existe a mamadeira. Os benefícios do leite materno não eram tão divulgados e a liberdade era mais importante. Tanto a TV como o cinema incentivavam a mamadeira. Criou-se essa imagem de que a mamadeira com o leite artificial é melhor e que se propaga até hoje por falta de informações.
O sucesso da amamentação depende de força de vontade, determinação e informação. Não é fácil amamentar, mas com ajuda e bons profissionais amamentar exclusivamente até os seis meses da criança vira fichinha.
Bruno Rodrigues

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Xixi na cama, de novo!

O problema do xixi na cama sempre despertou preocupação aos pais, mais pelo desconforto do que propriamente pela gravidade. Imaginava-se que era um problema que passava sozinho. Porém, o pipi na hora errada pode ser um sinal de que a criança está com problemas de auto-estima e precisando de ajuda.
A enurese noturna é o “principal vilão” dos lençóis. Trata-se de um problema no qual a criança não consegue controlar a urina durante a noite enquanto dorme. “E isto pode ser um problema na medida em que inibe e impossibilita uma autonomia social por parte da criança”, afirma a psicóloga Patrícia Camargo.
A enurese é caracterizada quando a criança faz xixi na cama pelo menos duas vezes por semana, durante três meses seguidos, após ter completado cinco anos de idade. E pode ser primária, onde a criança ainda não consegue o controle urinário, ou, secundária, quando consegue o controle urinário após um período aproximado de seis meses, mas perde novamente, estando ligado a fatores emocionais ou orgânicos.
O fator hereditário é um dado importante, pois crianças com um dos pais enuréticos (que tiveram esse problema na infância) têm 40% de chance de serem enuréticas. Se ambos forem enuréticos, as chances aumentam. A torneirinha aberta de noite também está relacionada a outros fatores estressantes, tais como mudança de lar, separação dos pais, nascimento de irmão, etc.
Fazer pipi antes de nanar! - Outros aspectos comportamentais são muito bem recebidos pela enurese. Pense duas mil vezes antes de oferecer bastante líquido à noite ao seu filho, pois é um prato cheio ao xixi, assim como a falta de hábito de ir ao banheiro antes de dormir pode ser refletida de madrugada, com a cama encharcada de pipi. Acompanhe-o até o banheiro antes de dormir, adotando esse ritual por muito tempo.
“Os pais precisam ter consciência de que a criança não faz xixi na cama porque quer e certamente está precisando de ajuda psicológica e médica. Eles têm um papel importante na recuperação da auto-estima dos filhos e devem saber que as cobranças e humilhações só irão agravar o problema”, relata Patrícia.
Tem como evitar? - Existem várias maneiras de suavizar e de curar a enurese, começando pelo modo como a criança é tratada, com respeito e sem assumir a culpa pela falta de controle urinário. No entanto, a criança deve estar ciente de que é a única responsável pelos progressos no tratamento, devendo se sentir compreendida e apoiada.
O apoio psicológico é fundamental para ajudar no tratamento, pois está ligado à auto-estima, a resolução de conflitos pessoais e familiares. Não é válido brigar com o filho por ter feito xixi fora de hora (até porque já é tarde). É muito melhor incentivá-lo a não repetir a mesma cena no dia seguinte. Isso auxilia na motivação da criança.
“Os fatores que influenciam a manter ou cessar o sintoma de enurese dependerá da estrutura emocional da criança, da maneira com a qual os pais tratam a questão e do tempo de duração. Pois a ansiedade, a angústia e o sentimento de culpa podem agravar o problema”, alerta a psicóloga.
Para evitar o quadro da enurese na criança, no que se refere a fatores psicológicos, é importante que a auto-estima seja trabalhada antes mesmo que ela comece a dar os primeiros passos. É na forma como a mãe se relaciona com a criança, quando ela ainda está em seu colo, que começa a se desenvolver a auto-estima.
Nunca perca o controle na hora de discutir a questão. Xixi na cama não é um bicho de sete cabeças. A criança precisa ser protegida, cuidada, ensinada e compreendida. Jamais ser repreendida por tal problema.
Bruno Rodrigues

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

10 conselhos valiosos sobre vacinação

A importância de cada dose, quando vacinar prematuros e mais oito dicas preciosas para manter a imunização do seu filho em dia.
1. Seu filho deve estar saudável na hora de ser vacinado. Porém, doenças leves, não febris, não devem ser causas de atrasos vacinais.

2. Se na aplicação da primeira dose de qualquer uma das vacinas a criança manifestou uma reação alérgica grave, é preciso pedir orientação ao pediatra antes de administrar as próximas doses.

3. Siga à risca as recomendações médicas após determinadas vacinas. Um dos efeitos possíveis da vacina tríplice viral, por exemplo, é diminuir temporariamente o número de plaquetas no sangue. Nessa circunstância, medicamentos à base de ácido acetil-salicílico, de efeito analgésico, são contra-indicados, pois podem estimular sangramentos.

4. Os pais de bebês prematuros devem tomar cuidados adicionais em relação à vacinação dos pequenos. Não se dá aos prematuros vacinas feitas com vírus vivos. “O objetivo é não dar margem às reações”, afirma a pediatra Soraya Malafaia Colares, supervisora técnica da Clínica de Vacinas do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. A vacina BCG não é feita em crianças com menos de dois quilos. No caso da vacina contra a Hepatite B, ela é aplicada, mas não se considera como feita e é repetida mais tarde.

5. Não atrase o dia da vacinação. Esta é a única maneira de garantir que a criança esteja sempre protegida. No caso da vacina do rotavírus, o prazo precisa ser especialmente respeitado: a segunda dose só pode ser aplicada até os 5 meses e 1 semana. Nesse caso, a recomendação se deve porque a vacina só foi testada e aprovada para essa faixa etária. Além disso, a vacinação é a melhor maneira de evitar as doenças infecciosas mais comuns e graves da infância. Antigamente, muitas dessas doenças matavam de forma corriqueira, e foi a vacinação em massa que fez com que a ameaça diminuísse. Com as vacinas, tornou-se possível prevenir, se antecipar aos microorganismos e, assim, dar uma vida mais tranquila aos pequenos.

6. É importantíssimo que a mãe esteja com a criança durante a vacinação por, pelo menos, dois motivos: para dar segurança ao pequeno e para ser orientada sobre as possíveis reações da vacina e como proceder nesse caso.

7. Recomenda-se que a criança esteja vestida com uma roupa confortável e fácil de ser tirada, para facilitar na hora da picada.

8. Depois de tomar as vacinas, as crianças podem voltar normalmente para a escolinha ou berçário, mas é importante que os cuidadores sejam avisados de que a criança foi vacinada.

9. Se a família está saindo de viagem, deixe a vacina para a volta ou se programe para fazê-la uns dias antes. Não é recomendado viajar com a criança recém-vacinada.

10. As vacinas que são feitas em mais de uma dose devem ser dadas com o intervalo mínimo de dois meses. A razão disso está no funcionamento do nosso sistema imunológico. A cada dose da vacina (que é feita justamente com pedaços dos microorganismos que causam as doenças), o nosso sistema imunológico identifica esses pedaços do potencial agressor e produz anticorpos contra eles. Dois meses é o prazo para se ter essa “resposta” do organismo. Com uma dose, alcança-se um determinado nível de proteção. Com a segunda dose, a proteção aumenta ainda mais, pois os níveis de anticorpos vão ficando mais altos. Com a terceira dose, em muitos casos, chega-se à proteção completa.

[Suzana Dias - bebe.abril]

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Amamentar é preciso.

Calma e persistência, além da pega correta, são fundamentais para o sucesso da amamentação

Peito dolorido, leite vazando e os palpiteiros de plantão dizendo que o bebê está chorando de fome. Isso sem falar no cansaço por ter de acordar de madrugada. Amamentar não é tão natural – ou instintivo – quanto parece. Mas a boa notícia é que os problemas fisiológicos (como o mamilo invertido) que possam atrapalhar o aleitamento são raros, ou seja, a maior parte das mulheres está apta a ao aleitamento. Então, por que apenas 41% das crianças brasileiras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são amamentadas nos primeiros seis meses de vida? “A principal dificuldade é a pega (a maneira como a criança abocanha o seio da mãe) de maneira correta”, afirma Luciano Borges, pediatra do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Isso porque, de acordo com o especialista, se o bebê não sugar corretamente, pode machucar a mama e/ou mamar pouco. Além de sentir dor (ou até mesmo ter uma inflamação por causa de uma fissura no seio), a mulher começa a achar que seu leite é insuficiente ou, pior, que ele é fraco. Outra consequência da pega incorreta é o bebê engordar menos do que o esperado, por não estar mamando o quanto deveria. E aí, quem é que vai ter coragem de dizer não ao pediatra, se ele sugerir o complemento com fórmula infantil? Calma! Veja, a seguir, dicas para você aprender a amamentar (isso mesmo) e enfrentar as dificuldades que vão surgir.


Como preparar (e cuidar) dos seios

Por causa dos hormônios, a pele dos mamilos sofre mudanças já na gravidez: eles ficam escuros e espessos. Ainda assim, vale a pena tomar sol na região para deixá-los mais resistentes. Passe hidratante apenas em volta das aréolas. Quando você já estiver amamentando, aproveite o efeito bactericida do leite e espalhe um pouco nos bicos, depois de cada mamada. Use absorventes de seio (e troque-os com frequência) para evitar que o sutiã fique úmido. Caso sinta os seios doloridos por causa do excesso de leite, você pode ordenhá-los manualmente ou com a ajuda de uma bomba ou extrator.


A tal da pega correta

Para sugar da maneira certa, o bebê tem de abocanhar toda a aréola (e não apenas o bico do seio). Dessa forma, o mamilo vai ficar próximo ao céu da boquinha dele. Os lábios da criança devem estar bem abertos, sendo que o inferior fica virado para fora, e o queixo encostado na pele da mãe. Se ela insistir em sugar apenas o bico, retire-o (coloque um dedo no canto da boca para “desprendê-la”) e comece de novo. Outra técnica eficaz é segurar a mama com a mão em forma de concha (faça um “C” ao redor da aréola) enquanto o seu filho está mamando.


Se rachar…

Caso note alguma fissura, converse com o médico. Ele pode indicar o uso de pomadas específicas ou apenas orientá-la a mudar de posição, de modo que a boca do bebê não toque na rachadura. “Mas na impossibilidade de amamentar a criança por alguns dias, o leite deve ser dado em um copinho e jamais na mamadeira”, alerta Borges, da SBP. Isso porque ela é mais fácil de sugar e o bebê pode recusar o peito, uma vez que se acostume com o acessório.


Onde amamentar

Já que o lado emocional tem tanta influência, principalmente no início, amamente em um local tranquilo. O ideal é uma cadeira ou poltrona, com apoio para os braços da mãe. A almofada de amamentação também é útil, mas você substituí-la por um travesseiro.


Conselho? Não, obrigada

Cerveja preta, canjica, água para matar a sede do bebê. Todo mundo tem uma dica imbatível sobre amamentação e muitas vezes elas são apenas mitos (como no caso das três que citamos) e só nos deixam mais inseguras. Acontece que o estresse pode influenciar na produção de leite, por isso, tente manter a calma. O apoio do companheiro e da família é fundamental: converse com eles e veja como podem ajudar. Seja trocando a fralda do bebê depois da mamada ou levando-o até você durante a madrugada. Lembre-se de que o primeiro mês de amamentação é crucial. Passado esse período de adaptação, tudo vai ficar mais fácil.



[Natura Mamãe e Bebê]

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Como combater uma febre alta e persistente

A febre não é uma doença e, sim, um sintoma que mostra que devemos ficar alertas. Ela vive cercada de mitos e às vezes são usados métodos poucos ortodoxos para combatê-la. A seguir, esclarecemos as principais dúvidas para que não só as crianças mas também os adultos possam dormir em paz.

O que é
Segundo a chefe de neonatologia do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, Desirée de Freitas Valle Volkmer, a febre é uma reação do organismo. "O processo acelera a produção de glóbulos brancos e de substâncias que combatem infecções. A elevação da temperatura faz parte do processo natural de combate." A temperatura corpórea considerada ideal varia de 36°C a 36,7°C. "Geralmente, ela é mais baixa pela manhã e mais alta no fim da tarde ou à noite. Alterações de até 1 grau podem ser absolutamente aceitáveis em condições normais", esclarece. É por isso que, quando a temperatura está entre 37°C e 37,5°C, a criança está subfebril ou com febrícula. A febre é caracterizada por temperaturas acima de 37,5°C a 37,8°C.

Por que aparece
O sintoma pode estar associado a uma série de doenças, mais comumente infecções bacterianas ou virais. De acordo com Sergio Eiji Furuta, especialista em pediatria e homeopatia e diretor da Associação Paulista de Homeopatia e da Associação Médica Homeopática Brasileira, o aumento da temperatura pode ser decorrente também de episódios corriqueiros, como excesso de roupas ou até exposição solar. "Como o sistema imunológico da criança é mais imaturo, ela tende a apresentar primeiro sintomas inespecíficos, como febre, perda de apetite, dores no corpo, mal-estar, para depois apresentar o quadro mais específico de localização da infecção", afirma Anna Julia Sapienza, pediatra do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo.

Primeiro episódio
Se for a primeira febre do bebê, vale a pena telefonar para o pediatra para se tranquilizar e receber orientações, não apenas a respeito de remédios mas do que precisa ser supervisionado na criança: ânimo, apetite e sede, por exemplo. Enquanto não é detectada a causa da febre, é possível tentar diminuí-la com um antitérmico indicado pelo médico com base no peso da criança. Aumentar a ingestão de líquidos também é recomendado.

Como agir
Se a criança apresentara temperatura acima de 37,5°C, afrouxe as roupinhas e tire o excesso de casacos e mantas. Espere 30 minutos para medir a temperatura novamente. Se continuar mais alta que o normal, entre em contato com o pediatra, que vai orientar sobre o que deve ser feito, especialmente no caso de bebês de menos de 3 meses. Dependendo dos sintomas associados e do estado da criança, ele pode recomendar um antitérmico ou solicitar que ela seja levada para uma consulta de emergência.
No caso de criança com mais de 1 ano, Furuta orienta observar a evolução da febre e o comportamento dela nos primeiros dois dias. "As doenças infantis febris geralmente melhoram em alguns dias, mesmo sem tratamento. Deve-se procurar atendimento médico se o pequeno ficar abatido, na cama, sem querer brincar e, principalmente, se ele se queixar de dor de cabeça intensa, insuportável." A febre deve ser sinal de alerta quando, além da indisposição, a criança apresentar dificuldade para ingestão de líquidos, dor de cabeça, vômitos ou convulsão, manchas na pele, desconforto respiratório e extremidades frias. Se após 48 horas a febre persistir em intervalos menores que seis horas mesmo com a administração de antitérmicos, convém levá-la ao pediatra. "O melhor é que ela seja avaliada no consultório, e não no pronto-socorro, onde entrará em contato com outros pacientes, podendo contaminá-los ou ser contaminada por outra infecção", alerta Anna Julia.

Soluções caseiras
Segundo Anna Julia, o famoso banho frio deve ser substituído por um morno. "Banhos frios ou com álcool fazem com que a sensação de frio nos sensores de temperatura da pele mande uma mensagem ao cérebro para que eleve ainda mais a temperatura corporal." O banho pode até ajudar a trazer alívio, mas deve estar associado ao antitérmico. "No caso de persistência da febre após uma hora e meia do uso do antitérmico, pode ser utilizado outro de tipo diferente." Mas é sempre bom ligar pedindo ao pediatra que indique o melhor substituto.

Associação com doença mais graves
Na maior parte dos casos, a febre é sintoma de infecção não muito grave, que, se tratada de forma correta e rápida, é curada em alguns dias. Mas existem algumas doenças que, se não forem detectadas a tempo, podem trazer riscos à vida da criança, como broncopneumonia e meningite bacteriana.
A febre pode vir associada ainda à alta de temperatura abrupta seguida de convulsão, com palidez, enrijecimento dos músculos e perda da consciência. "Nesse caso, retire objetos que estejam na boca da criança, como chupeta ou alimentos. Não a segure, mas tente mantê-la com a cabeça de lado para evitar que se engasgue com a saliva", orienta Desirée. "Tente marcar quanto tempo a convulsão durou, pois é uma informação importante para o médico."

Febre persistente
Caso a febre persista por mais de 48 horas, o pediatra deve ser consultado. Se houver episódios recorrentes, como várias vezes por mês, o médico precisa investigar outras causas associadas ao sintoma, como doenças ligadas a reumatologia, oncologia, hematologia ou quadros infecciosos atípicos que, se não tratados, podem se generalizar. A partir daí, o diagnóstico dessa criança deve ser feito também por um especialista da área em que se encaixa o quadro clínico. Assim, é possível delimitar a causa da febre mais precisamente e prosseguir com o tratamento imediato

[Paula Montefusco/Revista CLAUDIA Filhos]