segunda-feira, 31 de março de 2014

Ideias para registrar o crescimento da barriga Parte 1

Por isso, preparamos uma série de ideias para você registrar o crescimento da barriga semana a semana, ou mês a mês, ou o que for melhor para você. O importante é que as fotos tenham a cara da família! Solte a imaginação, use e abuse da criatividade e inspire-se nas nossas ideias. O resultado ficará incrível!





Três fases
Primeiro, a barriga. Depois, o bebê. E a terceira, com o filhote já crescido. É de impressionar como o tempo passa e você vai gostar de guardas estes momentos.








Brincadeiras
Brinque! Você vai sentir saudade do barrigão depois, acredite. Então use e abuse da imaginação e registre cada segundinho para lembrar depois.










Letrinhas
Cadê o barrigão que estava aqui?












Antes e depois
Primeiro a foto com a barriga, depois a foto com o bebê.











Risquinhos na barriga
Pintar as semanas que passam na barriga também rende fotos bem legais









Gravidez e nascimento
E a barriga virou... um bebê! Fofo demais!











Roupinha
Primeiro, a barriga e um vestidinho. Depois, o bebê usando o vestido. Lindo, né?











Dentro e fora
Sophia dentro da barriga, Sophia fora da barriga. Esse tipo de foto sempre funciona e rende lindas recordações.










Do zero
A mesma pose e a mesma roupa desde o início. E o barrigão ficando enorme.










Barriga X Bebê
O bebê dentro e fora da barriga.











Só a barriga
Sem grandes produções, mas sem perder a barriga crescendo.









Estampa
Camiseta com as semanas para ir riscando enquanto a barriga cresce.









[bebe.abril]



sexta-feira, 28 de março de 2014

Segredos para acalmar o choro do bebê

1. Por que os bebês choram?

O choro é a única forma de o pequeno comunicar o que deseja, especialmente nos primeiros meses de vida. É a forma de ele se expressar antes que seja capaz de dizer as primeiras palavras. No recém-nascido, é considerado um ato reflexo. “Com o tempo, ele se modifica. O bebê começa a reconhecer o ambiente em que vive e isso vai alterando seu comportamento”, explica a pediatra Devani Pires, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A partir do terceiro mês, a criança passa a entender que, ao precisar de algo, basta abrir o berreiro. Aí, nessa fase, o choro passa a ser voluntário.

2. Existe uma faixa etária em que o choro é mais frequente e intenso?

Nos primeiros dois meses. Nesse período, pesquisas apontam que os recém-nascidos choram em média três horas ao longo do dia, em momentos variados. “No entanto, é importante lembrar que isso também está relacionado a uma questão individual e de temperamento. Existem bebês que choram mais e outros menos”, esclarece a pediatra Devani Pires. A tendência é que esse comportamento diminua ao longo do crescimento da criança.

3. Em que situações eles choram?

Geralmente quando têm fome, sono, frio ou calor. Eles também põem a boca no mundo se sentem algum tipo de dor, sujam a fralda, estão com uma roupa desconfortável ou numa posição incômoda.

4. É possível identificar se o bebê está doente por meio do choro?

Sim. “Toda mãe conhece o choro do filho, entende suas necessidades e sabe quando o bebê se manifesta de uma maneira diferente”, explica a enfermeira Daisy Leite, que estuda o assunto há mais de 40 anos. Daisy desenvolveu várias pesquisas nessa linha: as variações do choro, suas causas e as possíveis doenças que provocam esse comportamento, quando ele é anormal. Segundo ela, é exatamente o choro não identificado que leva a mãe a procurar o pediatra.

5. O choro é sempre sinônimo de incômodo?

Sim, muitas vezes ele sinaliza algum incômodo. Mas também pode ser manha. Na dúvida, não custa dar um pulo no quarto para verificar se algo está acontecendo.

6. O que devo fazer para acalmar o bebê?

Em primeiro lugar, certifique-se de que ele não está com fome, sono ou com a fralda suja. Cheque também se o motivo da bronca não é calor ou frio. Quando o pequeno tem a reclamação atendida, costuma parar com o chororô. Mas, às vezes, o bebê está apenas pedindo um pouco de afago da mãe. Tente se aproximar do pequeno e falar em tom afetuoso frases como “Calma, filho, a mamãe está aqui”. Outra saída é o uso do método “mamãe canguru”. Essa técnica é considerada por médicos e enfermeiros a melhor maneira de estreitar o contato entre mãe e filho. Isso porque o pequeno é colocado próximo ao corpo materno, com a ajuda de uma faixa de tecido – daí o nome. Visto com bons olhos por especialistas e mamães de primeira viagem, o método canguru costuma apresentar bons resultados, especialmente com bebês prematuros. Uma forma de pôr essa estratégia em prática é apelar para o sling, um acessório feito de pano amarrado ao ombro. Ele traz segurança e conforto à criança.

7. É correto levar o bebê para passear de carro ou pegá-lo no colo sempre que chora?

O ideal é que a criança seja acalmada com métodos diferentes. Se os pais acostumam o pequeno com alguns hábitos, como passear de carro ou no elevador, pegá-lo no colo sempre que chora, com o tempo pode ser difícil contornar situações em que não seja possível se valer desses recursos

8. Tudo bem deixar a criança chorar no berço durante um período sem atendê-la?

É fundamental conferir se está tudo bem com o bebê quando ele chora. Feito isso, os pais podem deixá-lo choramingando desde que se mantenham por perto. Uma dica é conversar com ele, contar histórias, cantar canções de ninar e passar a mão pela sua barriga. “Não é necessário dar colo sempre que a criança chora. Muitas vezes, é aí que começa o mimo em excesso”, afirma a enfermeira Daisy Leite.


9. O que fazer se o bebê não para de chorar mesmo com as várias tentativas dos pais de acalmá-lo?

Converse sempre com o pediatra para obter orientações de como proceder nesses casos e procure a ajuda de especialistas se o seu filho apresentar um choro diferente ou algum sintoma como febre, tosse, erupções na pele, diarreia, vômito, abdômen inchado, falta de contato visual e estado de quietude anormal.   Existem síndromes e doenças que comprometem o choro do bebê. A psicomotricista Dione Macêdo, que trabalha na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do Rio Grande do Norte, costuma lidar com crianças que apresentam choros anormais desde os primeiros dias de vida. De acordo com ela, quem tem problemas neurológicos sérios, por exemplo, pode apresentar uma irritabilidade contínua e um choro estridente e muito nervoso. Em outros casos, como bebês com cardiopatias graves, o choro geralmente é fraco.



bebe.abril



quinta-feira, 27 de março de 2014

Pais: como se envolver e criar vínculos com o bebê


O tão esperado bebê finalmente chegou e agora você quer ser um daqueles pais bem envolvidos na criação dos filhos. O problema é que nestas primeiras semanas, quando o bebê praticamente só mama e dorme, às vezes fica difícil saber por onde começar.

Aguente firme! Com o tempo, você e seu filho vão desenvolver uma relação muito especial e única, tão vital quanto a da mãe com a criança.Enquanto isso, leia a seguir algumas dicas sobre o que fazer para evitar aquela terrível sensação de "vela" ou de não ter importância dentro da própria família:

Outro bom jeito de aprender as coisas é sair com amigos e parentes que já tenham filhos, para ver como lidam com eles. Acredite: esse negócio de bebê não é nenhuma física quântica, mas requer investimento pessoal e dedicação.

Pratique: Ao contrário do que muita gente gosta de dar a entender, não existe nenhuma intuição especial que diga para as mulheres o que fazer com um recém-nascido -- elas simplesmente aprendem na prática, do mesmo modo que os homens. Assim sendo, ponha a mão na massa, troque fraldas (de xixi e de cocô também!), dê banhos no bebê e faça o seu melhor para ajudar a confortá-lo quando ele estiver incomodado. Vai ser um pouco desajeitado no início, porém tenha certeza de que você pega o jeito.

Disponibilize seu tempo: Participar da vida do bebê não vai ser fácil se você nunca estiver por perto. Por isso, procure passar bastante tempo com ele quando volta do trabalho à noite e nos fins de semana. Coloque seu filho no carrinho e vá dar uma volta pelo bairro ou simplesmente ponha-o no colo e conte uma história (não, não é cedo demais) ou cante uma música (não, não precisa ser musiquinha infantil).



Assuma a responsabilidade: Muitas mulheres acham que não estarão sendo boas mães se não forem as únicas a alimentar, trocar, vestir e confortar o bebê 24 horas por dia. Mas é essencial para a sua formação de pai -- assim como para o bebê e para a própria sanidade mental da sua companheira -- que você assuma responsabilidades de vez em quando. Conquiste seu espaço, mesmo que sob protestos. Você não vai se arrepender.

Aguente firme: Às vezes nem é de propósito, mas as mães costumam minimizar as chances de sucesso dos pais ao interferir quando eles estão tendo certa dificuldade de fechar a fralda -- ou fazem cara feia pela forma como dão o banho. Se sua parceira criticá-lo, não seja grosseiro de jeito nenhum, mas deixe claro que é capaz de lidar com a situação, desde que ela lhe dê uma oportunidade de aprender.

Seja parceiro na hora das mamadas: Caso sua mulher esteja dando o peito, traga o bebê para ela na hora das mamadas, e se ofereça para arrotar. Uma vez que o aleitamento materno esteja bem estabelecido, procure dar uma mamadeira de vez em quando com leite tirado do seio. Você e o bebê terão assim momentos especiais juntos, e sua exausta mulher ficará grata por poder dormir um pouco mais.

Aposte no contato físico: Os pais interagem com os filhos de maneiras diferentes que as mães, e isso é perfeitamente normal. O modo de brincar mais físico dos homens é um excelente complemento ao jeito mais delicado das mães. Não tenha medo de brincar de "aviãozinho", "cavalinho" ou qualquer outra coisa que dê vontade (tomando, obviamente, os cuidados com o ainda frágil corpo do bebê). No entanto, esse tipo de brincadeira não é a única disponível aos papais: fazer carinhos também é ótimo!



babycenter


quarta-feira, 26 de março de 2014

Hora de trocar o berço pela cama


O lugar onde descansava o bebê está dando espaço para uma criança esperta e cada vez maior. O berço do seu filho já pode estar com os dias contados. Está na hora de comprar uma nova cama para o pequeno.

Neste período, mais uma etapa é vencida. A criança já aprendeu a andar, abandonou as fraldas e está a mais um passo de se tornar independente. Ela agora quer liberdade para entrar e sair da cama quando bem entender. Chega de grades.


Porém, não esqueça que ela ainda é pequenininha e precisa de segurança. Dê preferência para um móvel com quinas arredondadas e altura reduzida, que facilite subir e descer da cama sem ajuda. Peça uma que tenha meia proteção lateral para evitar quedas. Além disso, compre um colchão confortável e que não prejudique a coluna do pequeno.

Deixe seu filho participar da compra da nova caminha. Peça a opinião dele. Assim, o seu período de adaptação será mais tranquilo. A mudança deve ser feita aos poucos. A criança pode ter se apegado ao espaço em que gosta de dormir e ficar chateada com o fato.

Se enfrentar dificuldades, pondere que o espaço da cama é maior e afirme que ela está crescendo. Certamente, ela ficará toda orgulhosa da nova fase.

Marcelo Bragança

terça-feira, 25 de março de 2014

Por que as crianças pequenas gritam?

Acredite: seu filho não levanta a voz para te aborrecer. Na verdade, ele está cheio de energia e alegria de viver, e está fazendo experiências com o poder da voz. Mas por que isso acontece justamente quando vocês estão no banco ou no supermercado?

"Há um efeito de eco superlegal quando você grita em espaços grandes", diz Roni Lederman, do Centro para Família da Universidade New Southeastern, na Flórida, EUA. "E as crianças sabem que conseguirão mais atenção dos pais se gritarem em público".

Algumas crianças pequenas gritam quando querem a atenção dos pais; outras berram quando querem algo que lhes está sendo recusado, como balas e doces.

O que fazer

Gritar com seu filho para que ele abaixe a voz não ajuda -- só passa a mensagem de que quem ganha é quem grita mais alto. A melhor aposta é evitar situações que convidem a criança a levantar a voz, e distraí-la quando ela fizer isso. Algumas idéias que podem ajudar:

Saia com seu filho quando ele estiver nas melhores condições possíveis. Sempre que der, antes de carregá-lo para algum lugar, certifique-se de que seu filho está descansado, de barriga cheia e bexiga vazia quando saírem de casa. Pense em como você fica (sem energia e sem paciência) quando tem de ir ao supermercado com fome ou cansado.

Escolha lojas e restaurantes barulhentos. Quando estiver com seu filho, evite lugares quietos, formais ou que inspirem intimidade. Vá para onde as famílias vão. Será menos constrangedor se seu filho resolver gritar em um restaurante que já é barulhento.

Peça para seu filho usar uma voz normal. Se seu filho começar a gritar porque está feliz, procure não criticá-lo. Mas se isso estiver incomodando de verdade, peça para ele usar uma voz normal e parar de gritar. Abaixe sua voz para que ele tenha de ficar quieto para conseguir escutar você, e diga -- calmamente -- que a gritaria está dando dor de cabeça.

Invente brincadeiras. Experimente dizer para o seu filho: "Vamos gritar o mais alto que a gente conseguir", e junte-se a ele na gritaria. Em seguida, abaixe o volume e diga: "Agora vamos ver quem consegue falar mais baixinho". Continue brincando, sugerindo outros movimentos, como colocar as mãos nas orelhas ou pular.

Isso fará com que gritar pareça apenas mais uma brincadeira. Para agilizar (na rua, por exemplo), você pode dizer: "Nossa, você está parecendo um leão! Agora vamos ver se você consegue imitar um gatinho".

Preste atenção nos sentimentos da criança. Se seu filho está gritando porque quer a sua atenção, pense e reflita se ele realmente está desconfortável ou precisando de algo. Se você achar que o lugar onde vocês estão -- como um supermercado grande e lotado -- é demais para ele, saia assim que der e da próxima vez procure fazer compras em lojas menores, ou em horários em que os supermercados estejam menos cheios. Aos poucos, faça-o se acostumar com lugares grandes e lotados de novo.

Se você achar que a criança está apenas um pouco entediada ou mal-humorada, não a ignore. Diga que você sabe que ela quer ir para casa, mas peça para ela esperar só mais um pouquinho. Ela saberá que você sabe como ela se sente. E você também vai ajudá-la a aprender como explicar o que está sentindo com palavras.

Agora, se seu filho grita porque acha que assim vai conseguir o biscoito, não dê o braço a torcer. Se der o biscoito, você só vai ensinar que ele consegue o que quer gritando. Em vez disso, explique, com calma, que você sabe que ele quer o doce, mas que é preciso terminar outras coisas primeiro, e que ele pode comer quando chegarem em casa.

Não se preocupe em dizer que ele só poderá comer o biscoito mais tarde se se comportar bem agora -- quando ele finalmente ganhar a bolacha, provavelmente nem se lembrará do que fez para merecê-lo.

Mantenha seu filho ocupado. Você pode transformar seus compromissos em algo divertido para seu filho. Experimente:

- Brincar de um jogo: uma mãe de um bebê de 1 ano e 3 meses conta que conversa bastante com o filho. "Explico o que estou fazendo, o que está acontecendo à nossa volta, quem está por perto. Ele fica quieto quando está ocupado". Peça para seu filho ajudar a pegar os objetos das prateleiras do mercado, ou invente uma música sobre o que você está fazendo. Cante: "As bananas, as bananas, vou comprar, vou comprar, para o meu filhinho, para o meu filhinho, devorar, devorar...". Use a criatividade e invente na hora!

- Ofereça brinquedos e lanchinhos: mas faça isso antes que seu filho comece a berrar. Se você esperar até ele começar a gritar, ele vai ligar uma coisa à outra e achar que tem que levantar a voz para ganhar algo. Você pode experimentar deixar um brinquedo de que ele realmente gosta no carro, para que ele fique bastante entretido enquanto vocês estão na rua, tratando dos compromissos.

Ignore as pessoas ao redor. Muitas mães acham difícil lidar com a criança que fica gritando enquanto outras pessoas ficam lançando olhares tortos. Se você estiver numa igreja ou em um restaurante silencioso, o melhor é levar a criança para fora por um tempo, até ela parar. Mas, num supermercado grande, não é preciso se preocupar tanto com o que os outros vão dizer ou pensar.

babycenter

segunda-feira, 24 de março de 2014

Meu filho de 1 ano e meio ainda não fala. O que faço?

A maioria das crianças aprende pelo menos uma palavra antes de completar 12 meses, e é raro que não fale nada com 1 ano e meio. Mas, mesmo sendo atípica, a situação do seu filho não é necessariamente preocupante.

Os meninos costumam desenvolver a linguagem mais tarde do que as meninas, e algumas crianças mais cautelosas e reservadas tendem a esperar até que comecem a entender uma boa parte do que ouvem para depois falar.

Ainda assim, é importante ficar de olho para ter certeza de que ele não apresenta nenhum atraso no desenvolvimento. Procure no seu filho os seguintes sinais de que ele está pronto para falar:

Ele aponta? Se seu filho aponta para o que quer, ou para as ilustrações em um livrinho, isso está relacionado com o início da fala.

Ele entendo o que você diz? A compreensão da linguagem falada é uma habilidade que a criança desenvolve antes da habilidade de falar. Se seu filho parece entender boa parte do que os outros dizem, ele está bem perto de começar a falar.



Ele usa gestos e expressões faciais para se comunicar? Muitas crianças comunicam suas necessidades de forma não-verbal e até desenvolvem uma série de sinais para isso. Até os 2 anos, é mais importante que seu filho esteja tentando se comunicar do que ele tenha um amplo vocabulário.

Ele faz sons que parecem grunhidos ou roncos? A pergunta parece estranha, mas há pesquisas que indicam que esses pequenos grunhidos que as crianças fazem quando apontam para ilustrações ou brincam são um tipo de "comentário". As crianças que ainda não balbuciam, falam e nem fazem qualquer tipo de grunhidos nesta fase têm mais probabilidade de terem problemas de linguagem mais adiante.

Caso seu filho não demonstre nenhum destes sinais que indicam que ele está se preparando para falar, converse com o pediatra ou procure um fonoaudiólogo, para marcar uma avaliação completa. Em geral, quanto mais cedo for detectado um problema de linguagem, mais fácil será tratá-lo. Muitos problemas de fala podem ser tratados com sucesso durante a pré-escola sem que seu filho tenha dificuldades a longo prazo


Judith Hudson
Psicóloga

sexta-feira, 21 de março de 2014

Problemas e soluções no desfraldamento

Você achou que estava na hora, começou a tentar tirar a fralda do seu filho e as coisas estão saindo bem mais difíceis do que imaginava? Calma. Não é um processo simples, e muitas famílias encontram dificuldades. Leia abaixo as reclamações mais comuns dos pais que passam por isso e sugestões para resolver o problema.

Meu filho se recusa a usar a privada

Pode parecer estranho para um adulto, mas faz sentido para uma criança pequena morrer de medo do vaso sanitário: é uma coisa grande, gelada, faz barulhos e "engole" as coisas. É compreensível que muitas crianças não queiram nem chegar perto daquele troço.

O melhor a fazer nesses casos é arranjar um penico para a criança, e mostrar que ele é só dela. Você pode até deixar seu filho colar adesivos na parte de fora, para enfeitar. Existem também penicos que imitam o vaso sanitário.

Deixe que ele se acostume ao objeto antes de colocá-lo em ação. Seu filho pode sentar nele de roupa mesmo, colocar um ursinho de pelúcia para fazer xixi, e ir brincando assim até tomar coragem de querer experimentar.

Para fazê-lo perder o medo do vaso sanitário de verdade, você pode jogar o cocô da fralda nele e ajudá-lo a dar a descarga, explicando que o barulho é daquele jeito mesmo, e que o cocô vai para o esgoto. Mostre que só coisas pequenas vão embora com a descarga -- não há risco para coisas maiores, como crianças...

Pode ser que a resistência do seu filho em se aproximar da privada seja uma forma de ele dizer que ainda prefere ficar de fralda por mais tempo. Forçar a barra nesse momento pode atrapalhar ainda mais. O melhor é dar um tempo e ficar de olho nos sinais de que ele está pronto para o desfraldamento, nos próximos meses.

Caso a criança já tenha todos os sinais de que está pronta, mas mesmo assim se recusa a tentar, é possível que haja alguma coisa atrapalhando. Qualquer grande mudança -- uma escola nova, a chegada de um bebê na família, uma separação -- pode deixar a criança meio desorganizada.

Espere até as coisas terem se assentado e que a rotina tenha voltado ao normal para tentar de novo.



Quando eu sugiro que ele vá ao banheiro, ele reclama ou chora

É provável que o motivo seja o mesmo que o leva a dizer "não" toda vez que você diz que é hora de tomar banho ou de ir para a cama: ele descobriu que "não" é uma palavra mágica, que lhe dá poder.

O jeito de escapar desse problema é evitar o confronto, e inverter a situação, manobrando para que a criança ache que está no comando. Você pode tentar o seguinte:
Procure não ficar lembrando seu filho de que está na hora de ir ao banheiro. Em vez de falar a cada 15 minutos "Será que você não quer fazer um xixizinho?", coloque o penico bem visível no banheiro e deixe seu filho circular pelado pela casa. Se ele não manifestar interesse em fazer xixi ou cocô no lugar certo, talvez ainda não esteja na hora de desfraldá-lo.
Não obrigue seu filho a se sentar no penico ou na privada. Quanto mais você obrigar, mais rebelde ele pode ficar.
Mantenha a calma na hora das escapadas. É duro não se irritar com tamanha sujeira, mas, se você exagerar na reação, seu filho pode ficar com medo de ter esse tipo de "acidente", e vai começar a ficar nervoso com a possibilidade. Não castigue a criança por ter feito xixi ou cocô na calça. Em primeiro lugar, é bem provável que ela não tenha culpa -- está apenas aprendendo. Em segundo, ela pode ficar com raiva e aí sim começar a fazer de propósito.
Elogie o bom comportamento. Faça festa quando seu filho fizer xixi ou cocô no penico, conte para todo mundo, brinque, dê um prêmio. E o elogio não precisa ser só na hora de ir ao banheiro. Quando estiver vestindo a calcinha ou a cueca, mostre como tem orgulho de ter uma criança tão grande e sabida em casa! Mas seja natural, não exagere, para não tornar cada ida ao banheiro um grande evento. Isso pode deixar a criança nervosa com a "responsabilidade".

Meu filho está fazendo menos cocô do que fazia

É comum crianças pequenas segurarem o cocô durante o processo do desfraldamento. São vários os motivos: ela pode ter deixado as fezes escaparem uma vez, e ter levado bronca; ou pode ter visto outra criança levando bronca por isso na escola. Ou então estava mais preocupada em brincar e segurou o cocô o quanto pôde, e na hora de fazer as fezes estavam mais compactas e ela sentiu dor.

Quando acontece isso, os elogios e incentivos são uma das melhores estratégias para acabar com o medo.

Procure identificar o momento em que seu filho costumava fazer cocô: logo de manhã, depois do almoço, 20 minutos depois do leite... Coloque-o então perto do penico ou da privada nesses momentos, e avise quem toma conta dele (a babá ou a escola) para seguir o plano também.

Se não estiver adiantando, você pode sugerir ao seu filho que peça para colocar a fralda quando tiver vontade de fazer cocô. Muitas crianças aproveitam a fralda da noite para defecar. Não há pressa em acabar com esse hábito. É melhor a criança ficar mais tempo de fralda do que sofrer com a prisão de ventre.

Enriqueça a alimentação do seu filho com alimentos que contenham bastante fibra, ou que soltem o intestino, como o mamão papaia. Capriche também nos líquidos, e evite exagerar nos derivados de leite, que podem agravar a prisão de ventre. Se a hora de fazer cocô estiver virando um drama, converse com o pediatra, porque ele pode receitar alguns laxantes naturais.

Enquanto isso, mostre para o seu filho que fazer cocô e xixi é um ato natural, que todo mundo faz. Você pode explorar o gosto dele por coisas escatológicas e usar livrinhos que mostrem os atos de defecar e urinar como coisas engraçadas. Veja algumas sugestões:
"A incrível fábrica de cocô, xixi e pum", de Fátima Mesquita (Panda Books)
"Cocô no trono", de Benoit Charlat (Cia. das Letrinhas)
"Da pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela", de Wolf Erlbruch (Cia. das Letrinhas)

Meu filho se recusa a usar o banheiro da escola

Em primeiro lugar vá conversar na escola para saber como eles levam as crianças ao banheiro. Pode haver algum desajuste nesse ponto: talvez a professora leve várias crianças ao mesmo tempo, e seu filho prefira ficar sozinho. Ou o contrário: vai ver que ele tem medo de ficar sozinho no banheiro.

Outra possibilidade é o próprio vaso sanitário. Se ele ainda prefere o penico, talvez seja o caso de perguntar na escola se ele não pode usar um penico por algum tempo, até se acostumar à privada.

Meu filho estava ficando seco, mas agora voltou a fazer xixi na calça

Mudanças aparentemente mínimas, como começar a fazer aula de natação, por exemplo, já são suficientes para bagunçar a cabeça de uma criança dessa idade, e aí ela prefere regredir ao que já conhece. Com mudanças maiores, como a chegada de um irmão, ou a separação dos pais, o problema é ainda mais comum.

Se não houver nenhum motivo aparente, certifique-se de que não há uma causa física, como uma infecção urinária ou algum tipo de parasita (verminose) ou infecção intestinal que estejam deixando o cocô mais mole e difícil de segurar.

Esforce-se para não deixá-lo com vergonha pelo que aconteceu. É uma reação instintiva, mas pode deixá-lo ainda mais relutante em usar o banheiro do jeito certo. Uma boa estratégia é arranjar outras formas de fazer seu filho se sentir uma "criança grande" de novo, sempre com muitos incentivos.

Aproveite uma hora sossegada para bater um papo com seu filho, dizendo a ele que acredita que ele já está grandinho e consegue usar a privada. Depois da conversa, dê um tempo e não toque mais no assunto. Quando ele demonstrar interesse em tentar de novo, incentive-o bastante, usando pequenos prêmios (adesivos, uma história a mais na hora de dormir, 15 minutos a mais de TV, um passeio até o parque -- evite dar guloseimas como recompensa).

Alguns especialistas são contra métodos de premiação no desfraldamento, mas na prática eles podem ajudar, se você já apelou a tudo e não deu certo.

Veja se não é o caso, porém, de simplesmente voltar para a fralda por algum tempo. Faça isso sem medo, principalmente se a criança parecer mais tranquila e confortável. Ela vai acabar se interessando de novo em usar calcinha ou cueca e aí o processo deve ser mais rápido.


quinta-feira, 20 de março de 2014

32 perguntas e respostas sobre o banho do bebê



1. Qual o melhor lugar para dar banho?
É aquele em que você consegue montar a banheira, tem espaço de manobra para o banho e, se possível, ainda consegue organizar todo o material de troca de roupa. Pode ser no próprio banheiro. Principalmente se a banheira for do tipo que vem com trocador - você tira o bebê da água, enrola ele em uma toalha e abaixa a tampa. Ou improvisa um trocador em cima de um armário baixo ou sobre a pia - e tome muito cuidado com o recém-nascido! Outra opção, um pouco mais trabalhosa, é levar a banheira para o quarto. Você também pode limpá-lo no banheiro e trocá-lo no quarto, dependendo da temperatura do dia. O importante é observar se os locais escolhidos não exigirão que você fique curvada - o que prejudicará sua coluna ao longo do tempo. No frio, e se o bebê tiver mais de dois meses, é possível usar um aquecedor. Espere o ambiente atingir 24, 25 ºC e desligue-o.

2. Por que começar o banho lavando a cabeça? O bebê não passará frio?
O banho do bebê começa pelos cabelos por uma questão de higiene. O couro cabeludo é um dos lugares onde a sujeira mais gosta de ficar. Ao lavá-lo por último, ela passará pelo corpo do bebê, que já está limpo. Começando pelos cabelos, você não corre esse risco. Antigamente, era recomendado embrulhar o bebê em uma toalha, lavar o rosto e o cabelo e só depois colocá-lo na banheira. Algumas maternidades e alguns especialistas notaram que isso é muito trabalhoso, principalmente para os pais de primeira viagem. A sugestão é iniciar pela cabeça, mas já com o bebê na banheira. Mantendo o local do banho aquecido - portas e janelas fechadas -, o bebê não passará frio. Não demore para retirá-lo da banheira.

3. Faz mal não trocar a água da banheira durante o banho?
Para os médicos, não há problema em deixar o bebê sem enxágue. A explicação é simples: eles não possuem tanta sujeira a ponto de comprometer a água do banho, mesmo levando em conta os cabelos. Isso só vale se os pais fizerem uma boa higiene nas partes genitais antes de colocar o bebê na banheira. O objetivo é não contaminar a água com restos de fezes e urina. Sobras de leite e papinhas também devem desaparecer. Outra dica é usar pouco sabonete. Se a criança regurgitar, defecar ou urinar durante o banho, nada de preguiça: limpe-a, troque a água da banheira e inicie tudo novamente. Quando o bebê começa a engatinhar e tiver acesso a toda a sujeira do chão, o banho muda: você deixa o chuveirinho ligado e o ralo da banheira aberto, assim a água é trocada. No fim, pode enxaguar o bebê.


4. Que tipo de sabonete usar?
Os mais populares são os dois em um, específicos para bebês, usados como sabonete e xampu. Eles são suaves, têm cheiros deliciosos e são oferecidos por várias marcas de produtos infantis. Mas não são uma unanimidade. Os dermatologistas preferem os sabonetes neutros de glicerina, pois apresentam menos riscos de alergia. Você pode usar um ou outro para ver qual é o melhor. Atenção: use apenas produtos específicos para bebês. Continuar com o mesmo que foi usado na maternidade pode ser uma boa ideia. Afinal, seu filho já tomou, pelo menos, dois banhos com ele. Converse com as enfermeiras: se não ocorreu nenhuma alergia, vá em frente.

5. É preciso lavar a cabeça do bebê todos os dias?
Como os recém-nascidos ainda podem ter fragmentos do parto, sim, o indicado é lavar todos os dias. Crostinhas que costumam aparecer no couro cabeludo também precisam ser eliminadas. Passe um pouco de óleo antes do banho para amolecer e ela saíra na lavagem. Pode demorar alguns dias para sair tudo, é normal. Depois do primeiro mês, em dias muito frios, você até pode deixar o cabelo fora do ritual. Mas apenas se observar que ele está limpo, sem restos de leite, comidinhas, pomada...

6. Qual o melhor momento para o bebê tomar banho?
O horário em que os pais estão mais disponíveis e descansados é sempre o melhor. O banho é um momento de interação da família, de grande prazer para o pequeno e até de checagem geral, já que você poderá observar todo o seu corpinho. Precisa ser delicioso! Escolha uma hora calma, sem compromissos agendados. Isso vale para qualquer pessoa que vá fazer a higiene, incluindo parentes, babás e empregadas. Deve-se tentar dar o banho no horário mais quente do dia e por volta do meio-dia nas épocas mais frias. Em outros meses, você escolhe. Deixar o banho para noite é uma boa opção, já que o bebê se acalma e dorme tranquilo.

7. É possível dar mais de um banho por dia?
Não há uma regra, principalmente no Brasil, onde a temperatura muda muito conforme a região. É necessário apenas um, mas em locais muito quentes, como o Nordeste, pode ser necessário um segundo e até um terceiro banho. Dependendo da quantidade de regurgitadas da criança, da bagunça com a papinha e do tempo em que ele ficou se arrastando/engatinhando no chão, pode ser preciso voltar para a banheira. Atenção: dê apenas um banho com sabonete para não correr o risco de ressecar a pele. Os outros são apenas água e carinho. Banhos fazem milagres com bebês irritados...

8. É necessário dar banho todos os dias?
Não somos europeus. Com nossa temperatura média, o ideal é tomar banho todos os dias. Como recém-nascidos não se sujam, não suam, em dias muito frios - e também naqueles mais atrapalhados -, não há nenhum perigo em pular o banho desde que você faça uma versão de gato antes de dormir: limpe os genitais, passe lenço umedecido ou algodão com água nos pezinhos, nas mãozinhas, no pescoço e coloque uma roupa limpa. Bebês maiores também podem passar por isso se não foi um dia muito sujo...

9. Qual é a temperatura correta para a água do banho?
O ideal é que ela esteja entre 36 e 37 ºC. Como saber? Ou você compra um termômetro específico para banheiras ou faz como a maioria dos pais: coloca o antebraço na água e calcula se está adequada, isto é, morna. Esse "adequada" pode variar conforme a temperatura do dia, ser mais quente em dias frios e vice-versa. Com o tempo, você descobrirá que seu bebê tem preferências. É só observar em qual temperatura ele parece mais calmo. Não se preocupe, pois o pequeno avisa o que sente: se a água estiver muito quente, ele vai chorar assim que molhar os pezinhos - você deve colocar o bebê na banheira começando pelos pés e não pelo bumbum. Quando a água está muito fria, sua boquinha ficará acinzentada. Atenção: verifique sempre a temperatura da água antes de colocar o bebê na banheira e não faça banhos longos, pois a água esfria.

10. Qual a quantidade ideal de água?
Esse é um assunto capaz de deixar os pais tensos. Água demais pode fazer o bebê se assustar e você perder o controle em manter sua cabecinha fora de perigo. Enquanto que água de menos pode fazê-lo passar frio. O ideal é colocar água até que, com o bebê deitado em seus braços, ela fique na altura do umbigo. Com o tempo e conforme o bebê crescer, você ficará mais seguro e pode achar outro nível mais agradável para os dois.

11. Como devo lavar a banheira?
Depois de alguns banhos, a banheira pode apresentar uma crostinha de gordura. Isso é normal, mas se organize para lavar esse acessório uma vez por semana, pelo menos. Use a parte amarela da esponja, sabonete neutro ou detergente. Não utilize álcool, que pode comprometer o material da banheira.

12. Colocar brinquedos na banheira é permitido?
Como o banho é uma hora divertida, eles são ótimos acessórios. Podem entrar em cena lá pelo quarto mês, quando o bebê já é capaz de brincar com eles. Bichinhos, livros e copinhos fazem o maior sucesso. Mas fique de olho na segurança e na higiene. Nada de peças pequenas. Os objetos devem ser de plástico, com selos de segurança e de fabricantes conhecidos.

13. A partir de quando é possível usar xampu e condicionador?
Não há a necessidade de usar esses produtos em recém-nascidos. Os sabonetes específicos para crianças são capazes de higienizar de maneira correta o corpo e o cabelo do bebê. Nessa fase, quanto menos química entrar em contato com ele, melhor. O xampu pode ser usado depois dos 6 meses. Deve ser destinado ao público infantil, neutro e com o mínimo de corantes e perfumes. Use bem pouquinho. Condicionadores ficam para mais tarde, com cerca de 2 anos, quando o cabelo crescer e se realmente necessitar de um produto para deixá-lo mais maleável. Outra opção, também para mais tarde, são os xampus dois em um, que contêm uma quantidade de condicionador e, por isso, são uma ótima ideia para crianças que não gostam de lavar a cabeça - o ritual fica mais rápido.

14. Quando começar a usar o chuveirinho?
Não há nenhum problema em usar o chuveirinho já na banheira. Com recém-nascidos, isso requer segurança dos pais e espaço para manobras. O bebê pode adorar ou ficar muito assustado. Teste antes a temperatura da água - lembre-se de que um jato de água é diferente da água parada da banheira. Se possível, regule a potência do jato para ficar mais agradável para a pele sensível do pequeno. Para agradar a criançada, existem bocais de chuveirinhos em formatos divertidos, como bichinhos.


15. É necessário usar um tapete antiderrapante ou acessórios de apoio na banheira?
Precisar mesmo, não precisa. Basta segurar o bebê da maneira correta durante o banho e ele estará bem. Enquanto algumas pessoas acham que é mais um item para atrapalhar as manobras do banho, outras preferem utilizar acessórios dentro da banheira para aumentar a sensação de segurança. O tapete antiderrapante, como diz o nome, é um tapetinho geralmente de borracha, cheio de relevos, que impede o bebê de escorregar no fundo liso da banheira. O apoio é feito de plástico e possui uma inclinação imitando a posição que o bebê ficaria em seus braços. Pode ter um fundo antiderrapante e ventosas nos pés. Os dois devem ser higienizados com sabonete ou detergente neutro para evitar o acúmulo de sujeira. Usá-los ou não é uma questão de gosto.

16. É possível colocar óleo na água da banheira?
Sim, mas use óleos para crianças. Nada de utilizar produtos destinados aos adultos. Eles não possuem as mesmas substâncias. O infantil possui menos química em sua composição. Cuidado também com o cheiro: alguns, em contato com a água quente, podem ser irritantes para o bebê. Por outro lado, existem aromas que ajudam o bebê a se acalmar. Prefira as versões mais suaves. Coloque três ou quatro gotas na água apenas. Elas serão capazes de hidratar a pele do bebê. Por isso, não passe hidrante depois.

17. Posso usar bucha na hora do banho?
Não há a necessidade de usar buchas em crianças, a não ser quando elas são maiores e as brincadeiras resultam em sujeiras mais pesadas. Geralmente, água e sabonete dão conta do recado. As buchas podem aparecer no banho como um elemento lúdico e calmante. Existem versões infantis bem divertidas e coloridas - algumas em formas de luvas - que se transformam em um brinquedo dentro da banheira. O contato macio com a pele do bebê pode acalmá-lo. Procure comprar buchas muito macias, específicas para bebês e de marcas conhecidas. Na hora de usar, muito controle na força que você coloca na mão.



18. É melhor secar o bebê com toalha ou toalha-fralda?
A toalha-fralda - uma toalha revestida de tecido de fralda em um dos lados - é mais adequada. Supermacia, geralmente, possui um capuz e tem o tamanho certo para bebês. Você pode improvisar usando uma toalha comum macia e colocando uma fralda de tecido por dentro. Caso não tenha a fralda, separe uma toalha de qualidade, bem felpuda e com boa capacidade de secagem. Importante: depois de enxugar o bebê, tire-o de cima da toalha úmida. Muitos pais esquecem de fazer isso, trocam o bebê e no final descobrem que a roupinha está úmida.

19. Para hidratar, é melhor usar cremes hidratantes ou óleos?
Geralmente, os bebês não precisam de nenhum dos dois, a não ser em casos específicos, como morar em regiões muito frias ou apresentar a pele ressecada - alérgicos são mais suscetíveis ao problema. Nossa cultura valoriza esses produtos e seus aromas. Os dois funcionam de maneira diferente: o óleo forma uma película protetora sobre a pele, impedindo a perda de água. O creme hidratante possui substâncias que penetram na pele garantindo a hidratação. Se o objetivo é hidratar, o creme é melhor. Ele precisa ser neutro, específico para crianças. O ideal é passá-lo até três minutos após o banho para não reduzir seu efeito.

20. Qual o perigo de usar produtos para adultos em bebês?
Pele e cabelos de adultos e crianças têm necessidades diferentes. O bebê ainda está em formação e o adulto precisa de manutenção. Por isso, nossos produtos possuem mais química em sua composição, o que aumenta tremendamente o risco de alergias se uma criança usar. Sem falar que, ao compartilhar o mesmo creme com um adulto, ela pode entrar em contato com bactérias e apresentar infecções. Já os produtos infantis são feitos com matérias-primas seguras, hipoalergênicas, e passam por testes dermatológicos. Procure sempre as versões de fabricantes conhecidos.

21. Até quando usar os produtos que limpam o corpo e o cabelo sem prejudicar a higiene do meu filho?
Os sabonetes líquidos que atuam como xampu, populares em maternidades e entre os pais de recém-nascidos, têm composição perfeita para a pele do bebê: são suaves e com aromas delicados. Eles podem ser usados sempre, até por crianças maiores quando a sujeira não é excessiva. Depois dos 6 meses e dependendo da quantidade de cabelo que a criança possui, um xampu feito com substâncias apropriadas para os fios pode dar mais conta do recado

22. Duas crianças pequenas podem dividir o mesmo sabonete?
Não há problema algum em duas crianças dividirem o sabonete, independentemente da diferença de idade entre elas. Principalmente se o produto usado estiver na versão líquida. O banho fica mais divertido! O importante é escolher sabonetes especificamente infantis. No caso da barra, garantir que areia, sujeira e cabelos não fiquem grudados nele. Ensine às crianças a lavá-los com água até eles ficarem limpinhos.

23. É possível usar sabonetes antibacterianos em bebês?
Os sabonetes antibacterianos prometem eliminar bactérias e criar uma barreira de proteção contra elas. Justamente por isso, possuem ingredientes em sua fórmula que podem ser muito agressivos para a pele sensível do bebê. O uso é indicado apenas para crianças maiores e somente se ela apresentar algum tipo de infecção na pele. Mesmo assim, ele precisa ser indicado por um pediatra. Para o dia a dia, qualquer sabonete neutro e água são capazes de levar germes, bactérias e vírus embora.

24. É permitido usar secador no cabelo do bebê?
A tentação de usar esse acessório quando o dia está frio é muito grande. Seja para ajudar o ambiente a ficar mais aquecido - ele atua como um aquecedor -, seja para realmente secar o cabelo do bebê. Nem pense nisso antes dos 6 meses. O ar quente pode agredir a pele do seu filho e você nem notará isso. Depois, ele pode ser usado para secar o cabelo, sempre com a temperatura morna e a distância entre um e outro maior do que 50 centímetros. O processo precisa ser muito rápido, apenas para tirar o excesso de água dos fios.

25. Bebês gêmeos podem tomar banho juntos?
Sim! Vai ser uma delícia para os pais observar os bebês na água e um enorme prazer para as crianças. Banhos em conjunto vão aumentar ainda mais o vínculo entre os irmãos. Experimente essa brincadeira apenas depois que eles sentarem, sem correr grandes riscos de deslizarem para debaixo da água. A banheira deve estar firme e em um local que permita manobras para lavá-los. Você precisa ter espaço para alcançar os dois bebês. Por isso, o ideal é ter outra pessoa por perto para ajudar a vigiá-los e na hora de enxugar e de trocar. Colocar a banheira em cima da cama de casal nesse dia pode ser uma ideia. Só tome cuidado para isso não virar uma rotina, pois suas costas irão sofrer...


26. É permitido dar banho na minha banheira?
Não existe nenhuma contraindicação, mas seja coerente com a idade da criança. Dar banho em um recém-nascido, que não tem nenhuma firmeza no corpo pode ser bem difícil em uma banheira grande e baixa. Mesmo se você entrar junto com ele, existe o perigo de os dois escorregarem. Melhor esperar a criança ficar mais firme, sentar. Ela vai adorar, pensando que aquilo é uma piscina! Leve brinquedos, pingue gotas de óleo infantil para a água ficar cheirosa e se divirtam. Nem pense em ligar a hidromassagem! Isso assusta o bebê e a velocidade do jato de água pode machucar sua pele. Espere ele crescer para apresentar essa nova brincadeira.

27. É melhor um banho de balde ou de banheira? Posso usar qualquer balde?
Não existe um banho melhor. O importante é a família se sentir confortável com a opção escolhida. O tradicional banho de banheira é mais fácil. O acessório vai acompanhar a criança por mais tempo. Já o balde é usado enquanto o tamanho do bebê permitir, geralmente até os 6 meses. No caso de recém-nascidos, é necessário a presença de dois adultos: um para segurar e outro para dar o banho em si. Conforme o bebê fica mais firme, uma pessoa só consegue limpá-lo. Basta colocar água entre 37 e 38 ºC até a altura do pescoço do bebê. Atenção: jamais tire os olhos dele! Existe no mercado um balde próprio para esse tipo de banho. É feito de plástico atóxico, sua base é antiderrapante e ele possui um centro de gravidade que permite estabilidade e segurança no banho. Mas ele é caro - sai, em média, 120 reais. Se quiser usar um balde comum, procure um produto que tenha alça reforçada, borda larga e capacidade entre 15 e 18 litros de água. Especialistas dizem que o banho de balde pode ser mais relaxante, já que imita o ambiente intrauterino, melhorando a agitação, a insônia e as cólicas. Na prática, vale observar o que o seu bebê prefere.


28. É melhor usar sabonete em barra ou líquido?
O sabonete líquido é melhor. A versão em barra possui mais substâncias químicas justamente para ele endurecer e ainda agregam mais conservantes e corantes. Como não precisam ficar sólidos, os sabonetes líquidos levam menos químicas e ainda podem conter mais hidratantes e emolientes. Também possuem pH neutro, o que é menos irritante para a pele sensível do pequeno. Além disso, o sabonete em barra fica o tempo todo em contato direto com mãos, saboneteiras, prateleiras e banheira. As chances de serem contaminados são grandes. O líquido fica mais protegido dentro do frasco.

29. Existe algum problema em usar o chuveirão em bebês?
O chuveirão não é indicado para os recém-nascidos. A velocidade da água pode machucar sua pele sensível e o barulho pode assustar o bebê e deixá-lo agitado. Espere quando ele completar 8 ou 9 meses para experimentar a novidade e, de preferência, no seu colo. Não há diferenças higiênicas entre dar banho de chuveirão ou de chuveirinho. Em algumas situações - em hotéis, por exemplo - essa pode ser a única opção viável. Apresente o chuveirão com calma, brinque com a água enquanto o bebê se acostuma. Tome muito cuidado ao passar o sabonete, pois o corpinho do bebê ficará liso e pode deslizar nos seus braços. Segure bem firme e vá jogando água para enxaguar. Não coloque o bebê inteiro embaixo do chuveirão, pois ele ficará muito assustado e ainda há o risco de afogamento.

30. Crianças podem tomar banho de ofurô?
Sim. O ofurô para bebês nada mais é do que um balde - ou uma banheira, dependendo do formato e tamanho escolhido - feito de madeira. As vantagens são as mesmas: o bebê fica encolhido e quentinho, como se ainda estivesse no útero da mãe. Valem as mesmas regras de segurança do banho de balde: até o bebê ficar firme, é preciso dois adultos para dar o banho. A água deve estar na altura do pescoço - ou do umbigo se escolher um formato de banheira - e com a temperatura entre 37 e 38 ºC. Converse com o fabricante sobre como realizar a higiene do ofurô.

31. Quando meu filho estará preparado para tomar banho em pé?
Isso varia muito de criança para criança. Geralmente, com 18 meses, ela já consegue ficar bem firme em pé e tentará ficar nessa posição dentro da banheira. É hora de colocar o acessório no chão para o banho ser mais seguro e dar o banho no bebê com o chuveirinho. Ele vai adorar. Coloque um tapete antiderrapante na banheira ou no chão do chuveiro: a criança, nessa fase, pode escorregar no chão liso. Deixe sempre um braço livre para ajudá-la a se manter firme. Se quiser tomar banho com ela, o ideal é sentar em um banquinho de plástico para não prejudicar suas costas.

32. Por que não devo usar talco?
No passado, ele era praticamente o símbolo da chegada de um bebê. O tempo mostrou que o talco é um vilão. Quando passamos no bebê, ele produz uma névoa que é aspirada pela criança e pode causar e piorar problemas respiratórios e alérgicos. Os pediatras proíbem terminantemente. Além disso, o talco resseca a pele. Se o objetivo é deixar o bebê cheiroso, invista em um bom hidratante infantil ou em gotinhas de perfume na roupa dele.


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quarta-feira, 19 de março de 2014

O que a grávida não deve comer

Existe algum alimento que deve ser cortado do cardápio das gestantes? De acordo com Patrícia Vilar Freitas, nutricionista do Hospital Samaritano, em São Paulo, as coisas não funcionam bem assim. “Não temos que impedir as gestantes de comer nada. Só é preciso que elas tenham cuidado redobrado para evitar qualquer problema durante os nove meses”, esclarece.
Para lhe ajudar a elencar as prioridades do menu nesta fase, o site do Bebê explica o que deve e o que não deve ir à mesa das grávidas. É claro que uma avaliação mais individualizada é ideal, para que o nutricionista ou o médico possa traçar uma estratégia alimentar sob medida. “O cardápio, o estado nutricional, a idade, o peso, a composição corpórea e a predisposição a algum problema de saúde precisam ser levados em consideração”, enumera a obstetra Karen Morelli Soriano, do Instituto do Radium de Campinas, no interior paulista.

Mas, em linhas gerais, conheça os itens que não merecem espaço na sua geladeira nem na dispensa, durante os nove meses:

Carnes e peixes crus
A proteína deve fazer parte das principais refeições da grávida, seja a das carnes brancas, seja das vermelhas. O fato de consumí-las cruas ou mal passadas não prejudica o desenvolvimento do bebê. “O problema é a possível contaminação por bactérias e protozoários, que depende da armazenagem e da procedência”, avisa Celso Kukier, nutrólogo do Hospital São Luiz, em São Paulo. Para não correr o risco de ter uma diarreia ou, pior, de contrair uma toxoplasmose, uma doença perigosa para o bebê, opte por carnes sempre bem passadas.



Cafés e bebidas energéticas
“Bebidas estimulantes, como as que contém cafeína, causam o aumento da frequência cardíaca em todo mundo que as consome. Porém, as gestantes já possuem essa frequência alterada, devido ao desenvolvimento do feto e à maior circulação de sangue dentro do corpo”, explica a nutricionista do Hospital Samaritano. Investir neste tipo de bebida pode contribuir para que a pressão arterial vá às alturas, o que pode ser prejudicial para o desenvolvimento da criança. Além disso, as bebidas energéticas possuem vários conservantes em sua composição. Como não existem estudos que comprovem a segurança total de seu consumo, melhor passar longe!

Chás
“Eles requerem cuidado. Toda infusão de ervas pode ter, em grandes quantidades, substâncias prejudiciais, inclusive inflamatórias ou que afetam o trato gastrointestinal, podendo provocar diarreias”, diz o nutrólogo do Hospital São Luiz. Os chás comuns, como erva-doce, camomila e hortelã, podem ser tomados sem preocupação, desde que moderadamente. “Mas, não é hora de sair experimentando chás diferentes, principalmente se for em grande quantidade”, completa. Chás mate, verde, branco, preto, canela e sene devem ser evitados.

Bebidas alcoólicas
“Em grandes quantidades, o álcool está associado à malformação fetal”, diz Patrícia. Ele pode ultrapassar a barreira placentária e prejudicar o desenvolvimento do bebê ou evoluir para uma gravidez prematura. Por isso, o recado é claro: não consuma essas bebidas sem conversar com seu obstetra.

Embutidos
Presunto, salsicha, salame e mortadela são cheios de conservantes. Todo alimento artificial deve ser evitado, devido à presença dessas e de outras substâncias químicas, como os estabilizantes. “Esses componentes são contraindicados durante a gravidez porque, neste período, o sistema imunológico da mulher se torna mais ativo. Daí que o organismo pode reagir exageradamente aos compostos químicos, o que resultaria em uma alergia”, explica Celso Kukier, do Hospital São Luiz. Isso sem falar que os itens industrializados costumam esbanjar sódio. E o mineral, conforme já mencionado, é capaz de elevar a pressão arterial.

Ovos
Cuidado com a salmonela, bactéria que ataca o sistema gastrintestinal e, de quebra, pode desencadear, entre outras complicações, um parto prematuro. Sem contar que provoca um grave quadro de diarreia e vômitos. E a gravidez é um péssimo momento para enfrentar uma crise dessas. Mas, você não precisa cortar os ovos do seu cardápio. A dica é consumí-los fritos ou cozidos, desde que a gema esteja dura. “Submeter os alimentos à altas temperaturas ajuda a eliminar bactérias que eventualmente estejam ali”, diz Patrícia. E nunca negligencie as receitas que levam ovo cru em sua composição e que, portanto, também podem representar riscos. É o caso das maioneses.

Queijos e leite
Atenção, ninguém está sugerindo que você evite estes alimentos na gravidez. Só é necessário ficar atenta a uma recomendação: dar preferência, sempre, aos produtos pasteurizados. Eles passam por um processo que elimina bactérias e outros micro-organismos, tornando o consumo muito mais seguro. “Ainda, ao escolher, opte por versões com menos gordura, como os leites desnatados, para prevenir o ganho de peso excessivo”, explica a obstetra Karen Morelli Soriano.

Refrigerantes
“As bebidas gaseificadas podem causar estufamento gástrico, mas não são proibidas”, explica Patrícia. Em casos de gastrite ou refluxo, o problema pode ser intensificado. “Ainda vale lembrar que as versões zero e light possuem muito sódio, que podem mexer com a pressão arterial, o que é particularmente prejudicial na gravidez”, ressalta.

Alimentos conservados no sal
O bacalhau e a carne seca são ótimos exemplos. Se a gestante apresenta tendência à hipertensão, melhor retirá-los da mesa. Caso a pressão esteja sob controle, ela pode comer um pouquinho, vez ou outra, para matar a vontade.

Mariscos
Os mariscos, quase sempre consumidos crus, devem ser evitados devido à quantidade de bactérias que podem carregar. Ou seja, eles tornam as futuras mamães mais suscetíveis a quadros de desarranjo intestinal. Isso poderia ocasionar uma desidratação, comprometendo a saúde dela e do bebê. Além disso, existem os danos específicos que alguns germes podem acarretar ao desenvolvimento fetal.

Condimentos
Os condimentos estão liberados e podem dar um toque especial à comida. O único cuidado necessário se refere à pimenta. “Ela não faz mal. Mas tem gente que é mais sensível e acaba sentindo queimação gástrica, desconforto. Se a gestante já teve hemorroidas, melhor evitar”, pondera a nutricionista do Samaritano.

Adoçantes
Tem muita gente que tem como hábito trocar o açúcar pelos adoçantes. Se esse é o seu caso, antes de tudo, consulte seu obstetra sobre o tipo e quantidades que devem ser consumidos. E evite os produtos à base de sacarina. Não há estudos que comprovem sua segurança. A melhor alternativa é optar pelas versões naturais, como a sucralose.

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terça-feira, 18 de março de 2014

Cuidados com a visão


Exames oftalmológicos devem ser realizados desde o nascimento



O exame rotineiro dos olhos no consultório do médico oftalmologista é muito importante para a preservação de uma boa visão, e isso deve ocorrer em todas as idades. Diagnósticos precoces de doenças oculares podem ser feitos ainda na gestação, podendo assim evitar futuros problemas de visão e até mesmo a cegueira.

A futura mãe, durante a gravidez, deve procurar seguir corretamente os exames do pré-natal, na pesquisa de possíveis doenças como a rubéola e a toxoplasmose, entre outras que, se não diagnosticadas e tratadas neste período, podem levar a sérios problemas visuais na criança.

Após o nascimento, apesar do acompanhamento com o pediatra, muitas doenças oculares da infância podem passar despercebidas. Assim, devemos estar atentos a sintomas oculares como: diferenças de cor entre os olhos do bebê, secreção, persistência de lacrimejamento constante após os dois anos de idade ou qualquer outro sinal que parecer estranho. Assim, mesmo que aparentemente os olhos estejam normais, o oftalmologista deve ser consultado para uma boa visualização do fundo de olho e suas demais porções.

Os recém-nascidos observam tudo ao seu redor, no entanto, de forma muito pouco clara. Nas duas primeiras semanas de vida, sua capacidade visual limita-se a uma visão de claro e escuro. O desenvolvimento da visão de uma criança realiza-se de forma muito rápida no primeiro ano de vida; o desenvolvimento rigoroso da acuidade visual ocorre durante todo o período pré-escolar.

A total visão do bebê e das crianças pequenas apenas se desenvolve com o tempo, através de um exercício constante. Até os três anos, o cérebro não está ainda totalmente desenvolvido, de modo que o desenvolvimento da visão ainda é flexível, mas de 5 a 7 anos de idade é que este desenvolvimento termina.

Os defeitos dos olhos e da visão, que até essa altura não haviam sido detectados, ficam mais difíceis de corrigir e o tratamento é freqüentemente, mais dispendioso do que em bebê ou numa idade mais precoce.

O primeiro exame oftalmológico deve ser realizado quando a criança tem uma idade de aproximadamente dois anos, caso não se tenha anteriormente verificado quaisquer outros indícios. Um diagnóstico precoce de doenças ou defeitos de visão, efetuado por um oftalmologista, poderá evitar deficiências para toda a vida.
Existe uma propensão especial para o desenvolvimento de deficiências visuais e estrabismo no caso de bebês prematuros, crianças cujos pais ou irmãos vêem muito mal ou são estrábicos, crianças com atrasos de desenvolvimento e, naturalmente, crianças provenientes de famílias com doenças hereditárias dos olhos. Nestes casos, um exame oftalmológico deverá realizar-se forçosamente antes do segundo ano de idade, precisamente, entre os seis e os doze meses.

Existem vários testes de visão que podem ser aplicados tanto em bebês quanto em crianças, o importante é os pais não adiarem a visita entre a criança e o oftalmologista, e não deixarem de repeti-la anualmente, pois uma criança que, na idade pré-escolar, tenha sido considerada por um oftalmologista como vendo bem pode, no entanto, desenvolver posteriormente erros de refração, como, por exemplo: miopia, hipermetropia e astigmatismo, que tornam uma correção necessária.

Os pais, em colaboração com os professores, devem estar sempre atentos, durante o período em que as crianças aprendem a ler e a escrever. As dificuldades de aprendizagem não significam forçosamente que uma criança tenha deficiências de aprendizagem, mas podem constituir também um indício de que a criança simplesmente enxerga mal.

Nessa idade, dificilmente os pais ou a própria criança percebem possíveis déficits visuais e a falta de correção nesse período pode levar a uma baixa visão de forma permanente: a Ambliopia. Assim, o exame de vista para todas as crianças dessa idade torna-se de extrema importância, porque o médico irá avaliar a necessidade do uso de óculos, as possíveis alterações na movimentação e posição dos olhos (os chamados estrabismos) ou quaisquer outras causas que possam causar a ambliopia, tratando-se corretamente e em tempo certo.

Já na puberdade, é essencial a revisão anual ao consultório para a conferência de possíveis mudanças no grau dos óculos e a realização de exames mais específicos, como a topografia computadorizada que, além de avaliar todo o relevo da córnea, detecta doenças como o ceratocone, onde uma alteração da curvatura causa grande prejuízo à visão. Além do mais, a topografia auxilia ao oftalmologista na perfeita adaptação das lentes de contato, que visam melhorar a vida social dos pacientes pelo fator estético e ainda permitem normalmente a realização de esportes para estes jovens.

A tonometria avalia a pressão dos olhos (que é diferente da pressão do sangue) que, se aumentada e não controlada, pode causar o glaucoma: uma doença que não tem sintomas.

Assim, somente com o exame oftalmológico rotineiro, independente de idade ou presença de sintomas, poderemos preservar da maneira mais saudável nossa tão valiosa visão por toda a vida.

Dra. Regina Cele, Mestre em Administração Oftalmológica pela UNIFESP - Escola Paulista e Medicina, chefe do setor de glaucoma congênito da Universidade Federal de São Paulo - EPM, Chefe do setor de glaucoma do Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos, chefe do setor de glaucoma do Hospital Monumento, Membro Científico da ABRAG(Associação Brasileira dos Portadores de Glaucoma Amigos e Familiares)


Sinais de alerta dos problemas visuais

Alguns sintomas denunciam a ocorrência de males visuais no seu filho. Aprenda a reconhecê-los e, caso note a presença de um deles, procure imediatamente um especialista

• Dores de cabeça constantes

• Vista lacrimejante

• Ardência ou coceira nos olhos

• Franzir a testa para poder enxergar algo

• Ficar muito próximo à televisão

• Esfregar os olhos excessivamente

• Piscar freqüentemente

• Córnea opaca

• Coloração cinzenta ou esbranquiçada na pupila

• Olhos grandes demais


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segunda-feira, 17 de março de 2014

Pronto-socorro ou pediatra?

Quando as crianças ficam doentes, muitas famílias preferem correr para o hospital a marcar uma consulta com o médico dos pequenos, mesmo nos casos mais brandos. Mas é a melhor opção?

É noite de domingo. A sala de espera do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, está cheia, e muitas das pessoas presentes estão acompanhadas por crianças. A advogada paulista Katia Mourão, 30 anos, é uma delas. Trouxe com o marido a filha Isadora, 2 anos, porque a menina estava com febre. “Notei que ela começou a ficar muito manhosa, que o seu corpinho estava quente, daí o termômetro confirmou as minhas suspeitas”, conta. “Achei mais prático vir direto para cá, pois, do contrário, teria que falar com o pediatra somente amanhã. Ele provavelmente marcaria uma consulta, mas nossa agenda está lotada na semana que vem e não há outra pessoa que possa acompanha-la.” A publicitária carioca Fernanda Coelho, 28 anos, decidiu ir ao pronto-socorro por puro medo e ansiedade de esperar até o dia seguinte para falar com o médico que acompanha seu filho, Arthur, 1 ano e meio. “Como a maioria das mães de primeira viagem, fico bastante assustada diante de qualquer sintoma e tenho receio de dar remédio por conta própria”, diz. “Como o Arthur está muito abatido, com febre e um pouco de diarreia, preferi procurar ajuda hoje mesmo.”

Assim como Katia e Fernanda, muitos pais, seja pela praticidade, seja pela falta de tempo ou ainda pela ansiedade, preferem correr para o hospital a entrar em contato com o pediatra e, se necessário, agendar uma consulta. “O fato de o pronto-socorro funcionar 24 horas e ser de fácil acesso faz com que seja bastante atrativo para muitos pacientes que poderiam, tranquilamente, aguardar uma consulta com seu médico de confiança”, afirma a pediatra Milena De Paulis, do Hospital Israelita Albert Einstein, que também é membro do Departamento de Emergências da Sociedade de Pediatria de São Paulo e médica do pronto-socorro do Hospital Universitário da USP. “O problema é que se trata de um local de atendimento de emergências: ou seja, quando há, de fato, risco de a pessoa morrer ou de o quadro se complicar, o que faz com que a atuação do médico tenha que ser imediata”, explica a dra. Milena. “Mas, como muitas pessoas procuram o serviço em outras situações, é inevitável que ele fique lotado e haja um grande aumento na insatisfação dos pais e dos pacientes e também um desgaste da equipe.” Outro inconveniente: o excesso de gente faz com que a espera fique muito maior. “Assim que o paciente chega, é feita uma triagem e os quadros urgentes são atendidos com prioridade”, conta o dr. José Luiz Setúbal, presidente do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo. “Os outros demoram cerca de 40 minutos para serem recebidos pelo médico.” Em algumas épocas do ano, como o inverno, em feriados, finais de semana e às segundas-feiras, e em alguns períodos como a hora do almoço ou após as 18 horas, em que a procura é ainda maior, o tempo que as pessoas permanecem na sala de espera se torna muito mais longo. “Os casos classificados como menos graves costumam aguardar cerca de 30 minutos, e os sem gravidade, dependendo da época, podem aguardar entre uma e duas horas, em média”, calcula a dra. Milena De Paulis. “Os atendimentos mais comuns no pronto-socorro acabam sendo de doenças simples, como resfriados e quadros respiratórios, bronquites, ou infecciosos, como as pneumonias ou diarreias”, completa o dr. José Luiz Setúbal.

Contaminação
Além de deixar profissionais, pacientes e acompanhantes bem desgastados, a permanência no pronto-socorro aumenta o risco de os bebês piorarem o quadro. Isso porque a maioria das pessoas que procura o hospital está com alguma doença infecciosa, e aquele tempo na sala de espera faz com que os pequenos entrem em contato com algum outro vírus ou bactéria que esteja no ambiente. “O contágio pode ocorrer por via respiratória, por meio da tosse, por exemplo, ou pelo contato com secreções contaminadas, como a saliva e a coriza”, alerta a dra. Milena. “Em se tratando de crianças que, mesmo doentes, gostam de explorar o ambiente e interagir umas com as outras, existe uma possibilidade grande de adquirirem nova infecção.”

Pediatra 24 horas
Por tudo isso, o ideal é sempre procurar primeiro o pediatra que acompanha a criança e conhece seu histórico de saúde. “Assim, a puericultura, que é a pediatria da promoção à saúde e da prevenção, terá sua validade”, afirma o dr. Moises Chencinski, pediatra homeopata de São Paulo. Claro, é preciso ter critério antes de ligar no meio da madrugada para o médico, mas você não precisa se constranger de contatá-lo caso seu bebê apresente um sintoma mais forte ou haja um agravamento do quadro, você fique preocupada com alguma reação que a criança apresente após ingerir remédios ou alimentos, ou tenha dúvidas sobre certos cuidados que o especialista recomendou. Os pediatras estão acostumados a ouvir o telefone tocar a qualquer hora do dia ou da noite. Ter um médico atencioso é essencial – assim os pais se sentem seguros e não pensam em recorrer ao pronto-socorro diante de qualquer alteração.

“Na maioria das vezes, é possível resolver tudo com uma orientação pelo telefone e, se for o caso, marcar uma consulta para o dia seguinte”, diz a pediatra Maria Cristina Senna Duarte, da UTI Pediátrica e Neonatal Cirúrgica do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro. Agora, se o profissional escolhido para cuidar de seu filho não atende o celular, não retorna as ligações nem se mostra disponível para ajudá-la, procure outro. Foi o que fez a advogada paulista Silvana Di Pietro, 33 anos, mãe de Lucas, 3 anos, e Georgia, 1 ano e meio. “Quando o Lucas nasceu, tinha uma médica que sempre parecia incomodada em me atender fora do horário das consultas, mesmo por telefone”, lembra Silvana. “Uma vez ele teve febre e uma diarreia muito forte por volta das 22 horas. Como tinha apenas 6 meses, achei melhor entrar em contato. Em vez de me acalmar e orientar, ela disse para eu ir ao hospital, onde existem médicos de plantão a qualquer hora.” Depois desse episódio, Silvana trocou de pediatra e hoje conta com um profissional que se mostra mais disponível para ajudá-la com o que for preciso — e em qualquer horário.

Quando o pronto-socorro é a melhor opção?
Há, sim, situações em que vale a pena correr para o hospital. “Quando o estado geral da criança estiver muito alterado (com prostração, febre alta persistente, oscilação grande de temperatura ou ainda convulsões), procure o serviço de emergência”, recomenda o presidente de hospital José Luiz Setúbal. “No caso da febre, se a criança tiver menos de 3 meses de idade e apresentar mais de 37,8º ou se tiver idade inferior a 3 anos e com temperatura maior do que 39°, sem nenhum sintoma como tosse, coriza ou alteração intestinal, também justifica procurar o PS”, acrescenta a pediatra Milena De Paulis. “O mesmo vale para recém-nascidos apáticos, pálidos ou roxinhos de repente e sem explicação aparente, em quadros de vômitos incontroláveis (mais de três episódios por hora) ou muita dificuldade para respirar”, diz a dra. Milena. Queimaduras, cortes, engasgos, fraturas, traumas na cabeça seguidos por sonolência e reações alérgicas com placas vermelhas pelo corpo ou falta de ar também não podem esperar. Em casos mais brandos, adotar um pediatra atencioso é mais vantajoso do que frequentar esse ambiente nada agradável.

[bebe.abril]