segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cuidados com as mamas antes e durante a amamentação

As mamães, principalmente as de primeira viagem, ficam muito ansiosas em relação à amamentação. São tantas dúvidas que surgem. Elas acham que vai machucar o bico do seio, que não vão conseguir amamentar e que o peito pode empedrar. São histórias que normalmente chegam aos seus ouvidos muitas vezes sem clareza.

Vamos falar sobre eventuais dores na mama. Durante a gestação, a aréola do peito já se modifica para receber a boca do bebê. Ela fica mais escura e a pele dessa região um pouco mais grossa e menos sensível. Para ajudar, a mamãe pode tomar sol na região durante 15 minutos por dia, evitando o sol das 10h da manhã até as 16h.
Pode também durante o banho passar uma bucha macia (nada de bucha áspera, tem que ser macia), sem esfregar, ou depois do banho passar a toalha de banho na região, massageando. Isso vai ajudando a região a ficar menos sensível.
Depois que o bebê nascer, não passe nenhum produto para limpar ou hidratar as mamas, principalmente na região das aréolas, que é onde o bebê deve abocanhar. “O leite materno é o melhor produto para hidratar”, informa a fonoaudióloga Jamile Elias.
Não precisa passar álcool para esterilizar o bico antes de o bebê mamar: o próprio leite já faz essa função. As mamas estão um pouco ressecadas ou começando a rachar, leite materno nelas. Passe o leite, espere secar e depois coloque o sutiã. Na hora do banho a mamãe pode lavar as mamas com sabonete e depois enxaguá-las com bastante água.
O sutiã deve sustentar as mamas, com alças mais largas, de preferência de algodão, que são mais confortáveis.
As mamas estão empedrando? Nada de colocar compressa de água quente. No começo pode aliviar, mas logo depois piora. O recomendado é fazer compressa de água fria para aliviar.
Nunca se esquecendo de que rachaduras e empedramento podem ser consequências de uma má pega do bebê no peito. A boca do bebê deve ficar bem aberta e abocanhado praticamente toda a aréola da mamãe. Se abocanhar só o bico pode machucar e o bebê terá dificuldade de retirar o leite.
Anatomia seio para amamentação e a posição correta da pega - Foto: Alila Medical Media/Shutterstock.com
Lembre-se que a amamentação pode ser um período maravilhoso na vida da mãe e do filho. Consulte profissionais da saúde, como médicos pediatras, ginecologistas, fonoaudiólogos e enfermeiros.
Bruno Rodrigues

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Os 10 poderes da amamentação

Amamentar é bom para o bebê e para a mamãe.

Os benefícios ao pequeno e a mamãe são incalculáveis. Em 10 pontos, vamos dar uma dimensão de como esse ato pode favorecer o desenvolvimento dos dois. A amamentação adequada reforça o vínculo entre mãe e filho. Saiba mais sobre o poder da amamentação:

1 - Amamentar Desenvolve o sistema imunológico do bebê.

- O leite materno contém células anti-infecciosas capazes de proteger o organismo do bebê contra infecções, como as intestinais e otites, evitando assim diarreias.

2 - Amamentar Ajuda no desenvolvimento da fala.

- Veja que interessante. A posição da boca nos mamilos provoca a estimulação de pontos articulados responsáveis pela produção dos fonemas (sons).

3 - Amamentar Estimula o crescimento e desenvolvimento adequado da musculatura oral, ajudando na respiração, deglutição e mastigação.

- Uma criança que tenha problemas na respiração pode ter prejudicado o seu sono, concentração e memória. A musculatura oral adequada remete a um bom desenvolvimento da fala.

4 - Amamentar Fortalece o vínculo mãe e bebê

- O contato com a mãe pelo aleitamento materno faz com que o bebê se sinta mais seguro e tranquilo, evitando choro e ansiedade. Além disso, a mamãe se sente menos estressada.

5 - Amamentar Diminui o risco de alergia

- Crianças alimentadas no peito da mãe têm menos risco de terem asma. Outro estudo revela que crianças que desde cedo tomam o leite de vaca aumentam a probabilidade de se tornarem alérgicas, já que as proteínas desse leite estão associadas à dermatite, rinite, sinusite e amigdalite.

6 - O Leite Materno É o alimento mais completo para o bebê

- A mamãe não precisa se preocupar em complementar a alimentação. Nem ao menos se preocupar em oferecer água. O leite materno é completo. Não precisa de mais nada. Apenas a amamentação de forma errada faz com que o bebê não consiga todo o leite, tornando-se incompleta.

7 - Amamentar Evita doenças futuras

- Um bebê amamentado no peito pode evitar durante sua vida algumas doenças como obesidade, diabetes e hipertensão. 

8 - Bebê que Amamenta Dificilmente o bebê terá anemia

- as concentrações de ferro no leite materno é bem maior que em qualquer outro tipo de leite e seu filho não precisará de complemento de ferro para evitar anemia.

9 - Amamentação Evita cólicas

- o leite materno tem proteínas que são facilmente digeridas pelo organismo do bebê. Isso não acontece com o leite de vaca que tem proteínas de difícil digestão.

10 - Amamentar diminui risco de câncer de mama

- Pesquisadores da Espanha descobriram que as mulheres que amamentam seus filhos por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver câncer de mama.
Bruno Rodrigues

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Quatro grandes dúvidas sobre amamentação

1- O peito vai "cair"

Um dos primeiros fatores que levam uma mulher a não querer amamentar mesmo antes de querer ter um filho é a afirmativa que os peitos caem depois de amamentar - Não é a amamentação que faz os peitos caírem. Tem o fator genético, se sua mãe tem o peito caído a sua chance é maior de ter também. E o outro fator é que a pele da região dos seios quando cheios de leite estica e isso pode fazer com que os peitos cedam um pouco depois que o leite seca, amamentando ou não o seu filho.
Bebê sendo amamentado - Cardaf / ShutterStock

2- Amamentar dói

Outro inimigo é a dor - Muitas mamães têm medo de sentir dor porque já escutaram amigas relatando dor ao amamentar e outras passam por isso e desistem de amamentar. A dor só aparece quando a posição e a pega do bebê no seu peito estão incorretas e por isso machuca o bico do peito. As informações sobre aleitamento adquiridas antes do nascimento e na maternidade são importantíssimas para que isso não ocorra. Com uma boa pega e posição correta não há dor, mesmo que o bico já esteja machucado. Sempre tem a sogra, a mãe da nova mamãe ou a tia que sempre tem uma dica, uma superstição e até opinião distinta sobre como amamentar seu filho. Aí a mamãe fica no dilema de qual regra seguir ou segue todas e nada dá certo. Mamãe e bebê ficam nervosos e não há amamentação que funcione. Fique calma, agradeça as dicas, siga o que acha importante, mas sempre adote as orientações que aprendeu com os profissionais especializados.

3- O leite da mãe é fraco e por isso o bebê chora de fome

Nem sempre quando o bebê chora é fome e NÃO EXISTE LEITE FRACO - Muitas mulheres acham que isso existe. Cada mulher produz o leite adequado para o seu filho. O bom é que o leite materno é digerido quase que totalmente pelo organismo do bebê e depois de duas a quatro horas ele vai querer novamente. Diferentemente do leite em pó ou de caixinha que têm componentes mais pesados. A digestão fica lenta e o bebê consequentemente dormirá mais depois da ingestão do leite artificial. Podemos comparar quando comemos uma feijoada, dá uma preguiça depois.

4- A mamadeira é mais prática e alimenta mais

LEITE MATERNO É MUITO MELHOR do que o leite de vaca - A geração anterior, das nossas mães, apresentava resistência à amamentação, já que prendia a mulher em casa e estavam numa época de liberdade da mulher. Para quê amamentar se existe a mamadeira. Os benefícios do leite materno não eram tão divulgados e a liberdade era mais importante. Tanto a TV como o cinema incentivavam a mamadeira. Criou-se essa imagem de que a mamadeira com o leite artificial é melhor e que se propaga até hoje por falta de informações.
O sucesso da amamentação depende de força de vontade, determinação e informação. Não é fácil amamentar, mas com ajuda e bons profissionais amamentar exclusivamente até os seis meses da criança vira fichinha.
Bruno Rodrigues

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Xixi na cama, de novo!

O problema do xixi na cama sempre despertou preocupação aos pais, mais pelo desconforto do que propriamente pela gravidade. Imaginava-se que era um problema que passava sozinho. Porém, o pipi na hora errada pode ser um sinal de que a criança está com problemas de auto-estima e precisando de ajuda.
A enurese noturna é o “principal vilão” dos lençóis. Trata-se de um problema no qual a criança não consegue controlar a urina durante a noite enquanto dorme. “E isto pode ser um problema na medida em que inibe e impossibilita uma autonomia social por parte da criança”, afirma a psicóloga Patrícia Camargo.
A enurese é caracterizada quando a criança faz xixi na cama pelo menos duas vezes por semana, durante três meses seguidos, após ter completado cinco anos de idade. E pode ser primária, onde a criança ainda não consegue o controle urinário, ou, secundária, quando consegue o controle urinário após um período aproximado de seis meses, mas perde novamente, estando ligado a fatores emocionais ou orgânicos.
O fator hereditário é um dado importante, pois crianças com um dos pais enuréticos (que tiveram esse problema na infância) têm 40% de chance de serem enuréticas. Se ambos forem enuréticos, as chances aumentam. A torneirinha aberta de noite também está relacionada a outros fatores estressantes, tais como mudança de lar, separação dos pais, nascimento de irmão, etc.
Fazer pipi antes de nanar! - Outros aspectos comportamentais são muito bem recebidos pela enurese. Pense duas mil vezes antes de oferecer bastante líquido à noite ao seu filho, pois é um prato cheio ao xixi, assim como a falta de hábito de ir ao banheiro antes de dormir pode ser refletida de madrugada, com a cama encharcada de pipi. Acompanhe-o até o banheiro antes de dormir, adotando esse ritual por muito tempo.
“Os pais precisam ter consciência de que a criança não faz xixi na cama porque quer e certamente está precisando de ajuda psicológica e médica. Eles têm um papel importante na recuperação da auto-estima dos filhos e devem saber que as cobranças e humilhações só irão agravar o problema”, relata Patrícia.
Tem como evitar? - Existem várias maneiras de suavizar e de curar a enurese, começando pelo modo como a criança é tratada, com respeito e sem assumir a culpa pela falta de controle urinário. No entanto, a criança deve estar ciente de que é a única responsável pelos progressos no tratamento, devendo se sentir compreendida e apoiada.
O apoio psicológico é fundamental para ajudar no tratamento, pois está ligado à auto-estima, a resolução de conflitos pessoais e familiares. Não é válido brigar com o filho por ter feito xixi fora de hora (até porque já é tarde). É muito melhor incentivá-lo a não repetir a mesma cena no dia seguinte. Isso auxilia na motivação da criança.
“Os fatores que influenciam a manter ou cessar o sintoma de enurese dependerá da estrutura emocional da criança, da maneira com a qual os pais tratam a questão e do tempo de duração. Pois a ansiedade, a angústia e o sentimento de culpa podem agravar o problema”, alerta a psicóloga.
Para evitar o quadro da enurese na criança, no que se refere a fatores psicológicos, é importante que a auto-estima seja trabalhada antes mesmo que ela comece a dar os primeiros passos. É na forma como a mãe se relaciona com a criança, quando ela ainda está em seu colo, que começa a se desenvolver a auto-estima.
Nunca perca o controle na hora de discutir a questão. Xixi na cama não é um bicho de sete cabeças. A criança precisa ser protegida, cuidada, ensinada e compreendida. Jamais ser repreendida por tal problema.
Bruno Rodrigues