sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Prós e contras de ter uma babá


Como a maioria das escolhas que fazemos na vida, a contratação de uma babá traz consigo vantagens e desvantagens que devem ser pesadas de acordo com o que você mais precisa para aquele momento específico.

Procuramos listar a seguir alguns pontos básicos para ajudar na sua escolha.

Por que vale a pena
Uma babá dá atenção individual ao bebê, ao contrário de um berçário ou creche, onde há várias crianças para serem cuidadas ao mesmo tempo.

Isso possibilita que seu filho seja plenamente atendido e estimulado, e também que crie uma relação de afeto com essa nova pessoa, que muitas vezes acaba virando quase um membro da família.

Além disso, por estar em seu próprio ambiente e continuar com sua rotina, o bebê tende a se adaptar melhor à sua ausência na volta ao trabalho.

Outra vantagem é o alívio de saber que seu filho não terá que ser tirado de casa naqueles dias em que aparece um febrão ou dor de barriga de última hora -- um dos maiores pesadelos das mães que trabalham fora e não podem faltar a compromissos. E também saber que ele provavelmente ficará doente com menos frequência se não frequentar a escolinha tão cedo.

Embora não seja uma escolha barata, o custo-benefício pode compensar se você tiver mais de uma criança e precisar pagar uma mensalidade escolar para cada uma.

Problemas a considerar
Sem dúvida nenhuma, ao somar pagamento de salário, impostos e condução, a despesa não é pequena e pesa no bolso. É sempre uma questão de olhar para o seu orçamento doméstico e decidir se dá mesmo para encarar ou até se é possível cortar outras despesas para poder arcar com os custos da babá.

Outra questão que muitos pais e mães levantam é em relação à enorme confiança que têm que depositar em uma única pessoa para cuidar dos filhos, sem ter muito como checar o seu trabalho, já que não estarão em casa.

A falta de convivência e de mais tempo para brincar com coleguinhas da mesma idade, como no ambiente de uma escolinha, também incomoda algumas famílias.

E, por fim, a última desvantagem é que esta não é uma função com uma abundância de profissionais competentes e de confiança no mercado, e pode levar um bom tempo até você achar a pessoa certa. 


[BabyCenter]

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

12 motivos por que o bebê chora tanto


Chorar é o único jeito que o bebê tem de comunicar essas necessidades. No começo, pode ser desesperador tentar descobrir exatamente qual necessidade é essa: ele está com fome? Com frio? Com sede? Com tédio? Quer colo? Com o tempo, porém, você vai começar a distinguir um pouco melhor cada choro do bebê.
À medida que vão crescendo, os bebês aprendem outros meios de se comunicar conosco. Aperfeiçoam o contato visual, fazem barulhinhos e até sorriem. Tudo isso reduz a necessidade de choro. Os motivos mais comuns para o chororô dos bebês estão na lista abaixo. Se seu bebê não para de chorar, experimente ir seguindo a lista item a item.

Mesmo que nada dê certo, você vai ficar com a consciência mais tranquila de saber que fez tudo o que podia para consolar seu filho.

1. Preciso comer


A fome é o motivo mais comum para um recém-nascido chorar. Quanto mais novo for o bebê, maior é a probabilidade de ele estar chorando de fome. O recém-nascido tem o estômago pequeno, que não aguenta uma quantidade muito grande de leite.

É bom aprender a identificar os primeiros sinais da fome antes do choro: colocar a mão na boca, ficar "procurando", ficar inquieto. Aí você já oferece o leite e evita que o bebê fique nervoso.

Se o bebê chorar, tente oferecer leite. Pode ser que ele não pare de chorar na hora, mas deixe-o mamar. Conforme o estômago dele for se enchendo, ele deve se acalmar. Caso o bebê já esteja de barriga cheia e continue chorando, talvez esteja querendo dizer a próxima coisa da lista.

2. Estou com a fralda suja


Há bebês que não estão nem aí se a fralda está com cocô -- é um quentinho gostoso --, e há outros que querem ser trocados na hora, principalmente se estiverem com a pele irritada. Verifique a fralda do seu filho e troque-a, se necessário. Talvez isso resolva o choro, portanto sempre vale a pena tentar.

3. Estou com sono


Seria ótimo se os bebês simplesmente fechassem os olhos e dormissem sempre que estivessem cansados, mas muitas vezes eles não conseguem fazer isso.

Quanto mais cansado fica, mais irritável e agitado o bebê fica, e aí é mais difícil dormir. Procure colocá-lo para dormir aos primeiros sinais de sono: olheiras, irritabilidade, olhar caído, esfregação de olhos ou orelha.

Saiba mais sobre como colocar o recém-nascido para dormir.

4. Preciso arrotar


Quando o bebê chora depois de mamar, principalmente se estiver deitado, pode ser que tenha um belo arroto "entalado".

Leia o artigo sobre por que é importante colocar o bebê para arrotar e veja o vídeo com as melhores posições para arrotar.

Basta colocar o bebê na vertical e dar uns tapinhas nas costas. Se depois de uns dez minutos não der certo, pode ser o item seguinte.

5. Estou com dor de barriga


Como o sistema digestivo do bebê ainda é imaturo, ele pode chorar de cólica, devido a gases ou porque está com dificuldade de fazer cocô.

Em alguns casos, o bebê chora porque sofre de refluxo, ou seja, o leite fica voltando mais do que o normal e provoca dor e desconforto.

Normalmente os pais conseguem distinguir a causa da dor quando se trata de dor de barriga. O bebê fica vermelho, ou chora logo depois de mamar.

Consulte o pediatra para ver o que pode fazer para aliviar a dor, como o uso de gotas antigases. Leia mais no artigo sobre a cólica no bebê.

Você pode fazer uma massagem, colocar bolsa de água quente na barriguinha do bebê, fazer movimentos de bicicleta com a perninha ou dar alguma coisa para ele sugar (a chupeta ou o seio), pois o movimento de sucção relaxa e alivia a dor. Só atenção para não usar esse expediente o tempo todo, para o bebê não começar a usar seu peito só como chupeta.

6. Preciso de colo


Há bebês que precisam de mais colo para se sentir seguros. Crianças um pouco mais velhas já se acalmam só de ver você no quarto ou ouvir sua voz, mas os pequenininhos precisam do contato físico. Se seu filho está alimentado, de fralda trocada, e continua chorando, pode ser que só esteja querendo colo mesmo.
Se seu filho for da turma do colinho, você pode usar outras estratégias, como o canguru ou o sling (uma espécie de rede), que mantêm o bebê perto de você mas liberam suas mãos para fazer outras coisas.
Recém-nascidos também estranham ficar "soltos" num espaço muito grande. Você pode ter mais sucesso se deixá-lo enrolado numa manta leve. ou colocá-lo num local mais aconchegante que o berço, como um moisés ou o carrinho.

7. Estou com frio! Estou com calor!


Certos recém-nascidos detestam ficar pelados para a troca ou para o banho. Não estão acostumados a sentir o contato do ar com a pele e preferem ficar de roupa. Se seu bebê for um desses, você logo vai aprender a trocar a fralda em velocidade recorde, para acabar com as reclamações.

Por outro lado, tome cuidado para não exagerar nas roupas, senão a criança vai ficar com calor. Um bom jeito de verificar a temperatura do bebê é sentir a barriga dele. Se ela estiver quente e suando, tire um pouco de roupa. Se ela estiver fria, agasalhe-o mais. Não vá pelas mãos e pelos pés, porque eles tendem a ficar mais frios que o resto do corpo.

8. Tem uma coisinha me incomodando


Bebês pequenininhos podem ficar incomodados fácil, com um elástico muito apertado da roupa, uma dobra na fralda ou um fio de cabelo seu que se enrolou no dedo do pé ou da mão.

Dê uma boa inspecionada no bebê para ver se não tem nada incomodando. Troque a posição dele, tire a meia, olhe dentro da fralda, veja se não há uma etiqueta ou algo áspero na roupinha.

9. Tem dente nascendo


O nascimento dos dentes é um longo processo que incomoda bastante alguns bebês. Se seu filho está chorando mais do que o normal, experimente sentir a gengiva dele com seus dedos. Você pode se surpreender.

Os primeiros dentinhos costumam surgir entre os 4 e os 7 meses, mas podem chegar bem antes ou bem depois. Leia mais sobre o nascimento dos dentes.

10. Preciso de menos estímulo


Pais de bebês maiorzinhos conhecem a situação: o bebê tem um ataque de riso e emenda com um ataque de choro! Os estímulos do mundo às vezes são demais para os bebês.

Um dia cheio de visitas e atividades pode deixar o recém-nascido muito excitado, e ele tem dificuldade para "desligar". O excesso de estímulo -- luzes, barulho, passar de colo em colo -- pode deixar o recém-nascido inquieto.

O bebê fica difícil no fim do dia, ou quando a casa está cheia. Talvez o bebê esteja só dizendo: "Chega". Experimente levá-lo para um lugar calmo, reduzindo o nível de estímulo. Pode ser que ele ainda chore mais um pouco, mas que depois finalmente se tranquilize e durma.

11. Preciso de mais estímulo


Há bebês que não gostam de silêncio. Ficam mais calmos em meio a muita gente, observando a movimentação. Também não gostam de escuro. Experimente ligar música no quarto do bebê, ou levá-lo para um passeio no carrinho, e estacionar num lugar onde ele possa ver as pessoas.

Para esses bebês, o sling ou canguru é uma boa saída, pois a criança fica exposta ao seu movimento e aos barulhos que cercam você.

12. Não estou me sentindo nada bem


Se nada deu certo, é inevitável começar a pensar que talvez o bebê esteja com alguma dor. Quando o bebê está com dor, ele chora num tom diferente do choro normal -- pode ser um choro mais desesperado, ou mais gritado. Por outro lado, para um bebê que chora bastante por natureza, o silêncio é que pode ser o sinal de que há algo errado.

O mais importante é lembrar que você conhece o seu filho melhor que qualquer outra pessoa. Se você sentir que há alguma coisa errada, verifique a temperatura para ver se ele não está com febre e observe-o bem. Se não passar, converse com o médico.

Profissionais de saúde podem tranquilizar você sobre o choro, para que você tenha certeza de que a causa não é física. Para mais orientações, consulte nosso texto sobre quando procurar o médico.

O choro parece não ter motivo. E agora?


Existem crianças que simplesmente choram muito (assim como há as que dormem muito, falam muito, se movimentam muito). Também é questão de temperamento.

Um bebê que passa o tempo todo chorando não está se prejudicando, mas com certeza está descabelando a família inteira (e os vizinhos também). Se seu filho continua infeliz, mesmo com todos os esforços para entender o porquê do choro, não deixe de ler nossa matéria o que fazer quando o bebê chora sem motivo.



[babycenter]

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

10 passos para uma gravidez saudável



1. Organize e planeje seu pré-natal
Um bom pré-natal é essencial para a saúde do bebê, e escolher o obstetra ou ginecologista o quanto antes ajuda a construir um bom relacionamento até a hora do parto. Peça recomendações às suas amigas.

2. Alimente-se bem
Você não precisa comer mais porque está grávida, mas é importante ter uma alimentação equilibrada e saudável. Muitas mulheres param de comer certo tipo de alimento, mas é sempre possível arranjar um substituto que tenha valor nutricional parecido. O ideal é ter uma dieta que inclua verduras, legumes e frutas, carboidratos (de preferência integrais), proteína -- que pode vir do peixe, da carne, do frango, dos ovos, de castanhas ou sementes -- e também leite e laticínios em geral.

3. Tome cuidado com o que come
É melhor evitar certos alimentos na gravidez, porque eles podem representar risco para o bebê se estiverem contaminados. A listeriose, doença que provoca aborto espontâneo ou problemas graves no recém-nascido, pode ser transmitida por queijos como o brie, camembert, roquefort, gorgonzola e os queijos brancos tipo frescal ou "de Minas", estes últimos às vezes feitos com leite não-pasteurizado.

Devido ao risco de toxoplasmose, que embora seja pequeno existe, evite comer carne crua ou malpassada. Lave bem verduras, legumes e frutas para tirar todo resquício de terra ou sujeira.

Infecções alimentares por salmonela (salmonelose) são transmitidas por alimentos de origem animal, como carnes, peixes, ovos e leite, portanto segure a vontade de lamber a colher de massa de bolo crua.

4. Tome suplemento de ácido fólico
O único suplemento que é considerado vital na gravidez é o ácido fólico, que ajuda a prevenir problemas congênitos no bebê ligados ao fechamento do tubo neural, como a espinha bífida, ou mielomeningocele. Trata-se de uma condição grave que acontece quando o tubo que abriga o sistema nervoso central, na coluna, não se fecha totalmente, o que pode causar deficiências. Todas as mulheres que estejam pensando em engravidar devem tomar um suplemento diário de 400 mcg de ácido fólico, desde antes da concepção até o fim do primeiro trimestre da gravidez. No Brasil, as farinhas de trigo já são fortificadas com ácido fólico para atingir toda a população, mas isso não elimina a necessidade do suplemento. O folato também está naturalmente presente em alimentos como as verduras (espinafre, brócolis e repolho, por exemplo), o suco de laranja, a beterraba e o feijão.

Outros nutrientes importantes para sua saúde e para a do bebê são o ferro e o cálcio, que podem ser supridos normalmente pela alimentação. No entanto, muitos médicos receitam suplementos vitamínicos especiais para grávidas, que contêm reforços desses nutrientes.

A gordura natural dos peixes, como o ômega 3, também tem um efeito benéfico no peso do bebê e no desenvolvimento do cérebro e dos nervos no final da gravidez. Os peixes que mais contêm esse tipo de ácido graxo são o salmão, a sardinha, a truta, a cavalinha e o arenque.

5. Faça atividade física regularmente
Um bom programa de exercícios vai lhe dar a força e a resistência necessárias para carregar o peso extra da gravidez e para aguentar o estresse físico do parto. Também contribui para que você entre em forma mais rápido depois que o bebê nascer. Além disso, a atividade física ajuda a melhorar o humor, com a liberação da serotonina -- o que reduz o risco de você sucumbir a uma certa tristeza comum nessa fase.
Se você já está acostumada a se exercitar, o mais provável é que possa continuar com a mesma atividade, desde que esteja se sentindo confortável. Mas não faça esportes em que corra o risco de cair ou levar impactos. Os mais benéficos são atividades mais amenas, como caminhadas, natação, hidroginástica e ioga.

6. Comece a exercitar os músculos da região da vagina
Pode ser que você nunca tenha ouvido falar disso, mas esse tipo de exercício devia ser feito por todas as mulheres desde a adolescência. Além de combater o problema da incontinência urinária, ele contribui para aumentar o prazer sexual -- por isso é usado nas técnicas de pompoarismo.

A vantagem é que você pode fazê-lo a qualquer hora, em qualquer lugar, sem ninguém perceber. Os músculos do assoalho pélvico formam uma rede na base da sua pelve e sustentam a bexiga, a vagina e o reto. Durante a gravidez, eles sofrem a pressão do peso do útero, e também ficam mais relaxados por causa das mudanças hormonais. A prática diária dos exercícios ajuda a fortalecê-los.

Várias vezes por dia -- por exemplo, enquanto lava as mãos, escova os dentes ou prepara o café --, faça dez contrações lentas e dez rápidas dos músculos do assoalho pélvico. Um bom jeito de sentir como fazer essas contrações é imaginar que está fazendo xixi e interromper o fluxo imaginário de urina.

7. Não tome remédios sem falar com o médico
Não tome nenhum tipo de remédio sem antes perguntar para o médico se pode. Se você costuma usar algum medicamento, pergunte na primeira consulta do pré-natal se vai poder continuar tomando. Antes da consulta, tente lembrar os problemas que você costuma ter com frequência e os remédios que toma (como para alergia, cólicas, dor de cabeça, problemas de pele etc.). Faça uma lista e verifique com o médico o que vai poder tomar se precisar. Mas o ideal mesmo é evitar ao máximo tomar remédios.

8. Reduza seu consumo de cafeína
O café, o chá e os refrigerantes à base de cola e guaraná são estimulantes. Algumas pesquisas indicam que o excesso de cafeína pode contribuir para o risco de o bebê nascer abaixo do peso. A quantidade máxima aceitável é de quatro cafezinhos por dia (ou seis xícaras de chá), mas o melhor mesmo é reduzir o consumo.

9. Pare de fumar e de beber
Mulheres que fumam têm risco maior de aborto espontâneo, de parto prematuro e de ter um natimorto. Estudos mostram que grávidas que fumam um maço ou mais por dia têm mais probabilidade de ter um bebê com lábio leporino ou fenda palatina. O ideal é parar de fumar antes mesmo de engravidar, mas qualquer redução no número de cigarros que você fuma por dia já facilita um pouco a vida do seu bebê.

Não consuma bebidas alcoólicas regularmente. O álcool chega rapidamente ao bebê pela placenta, e a grande ingestão de álcool durante a gravidez está ligada a doenças da síndrome alcoólica fetal, que inclui desde dificuldades de aprendizagem até problemas congênitos graves. Beber muito, mas de uma vez só, numa saída à noite, por exemplo, também é prejudicial. O mais garantido é seguir a orientação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde e não beber durante a gravidez. Alguns médicos brasileiros, no entanto, adotam uma postura mais flexível, permitindo que suas pacientes tomem, em ocasiões especiais, uma taça de vinho ou um copo de cerveja.

10. Descanse
O cansaço e o sono que você sente no primeiro e no terceiro trimestre da gravidez não são nada mais que seu corpo pedindo para você ir com calma. No melhor dos mundos, uma soneca todo dia depois do almoço seria perfeita. Se não dá, tente dar uma relaxadinha de meia hora, pôr os pés para cima, do jeito que conseguir. Técnicas de relaxamento como ioga, alongamentos e massagem ajudam a reduzir o estresse e colaboram para você dormir bem.


[
BabyCenter Brasil]

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014


Junto à descoberta de uma gravidez, uma série de dúvidas relacionadas à beleza costuma surgir. Pode pintar o cabelo? E fazer luzes? Como prevenir estrias? Os seios vão ficar flácidos? Essas são apenas algumas das mais comuns. “A gestação é um período único, com características próprias, por isso, nem sempre é possível seguir a mesma rotina e usar os mesmos produtos, que podem causar alergia”, explica Natalia Castro, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz.
Cabelo, corpo, rosto e unhas precisam de cuidados especiais. Descubra o que é permitido durante a gestação e o que deve ficar de fora da sua rotina segundo especialistas.
Thinkstock/Getty Images


CabeloQuando a questão é a coloração dos fios, o melhor a fazer é deixar o hábito de pintá-los de lado. De acordo com Mariana Lautenschlager, ginecologista e obstetra da Clínica Mãe, várias das substâncias contidas em tinturas podem não ser seguras para o bebê, principalmente no primeiro e segundo trimestres da gravidez. “Evite tinturas até a 20ª semana de gestação e, após esse período, escolha produtos sem amônia nem chumbo para voltar o seu cabelo ao tom natural, evitando retoques”.
No caso das luzes, a regra é mais maleável, como ensina Natalia. “Depois do primeiro trimestre, a gestante pode retocar, desde que passe o produto com uma distância de, ao menos, dois centímetros da raiz”, fala. A médica recomenda ainda que a gestante peça uma cartinha de seu médico explicando como as luzes devem ser feitas para levar ao cabeleireiro.

Os cuidados do dia a dia não mudam tanto, só é preciso atenção redobrada à formulação dos produtos: utilize xampus suaves, de boa procedência e hipoalergênicos e evite secadores e chapinhas, que facilitam a quebra dos fios. Flávia Ravelli, dermatologista da maternidade Pro Matre Paulista, afirma que, durante a gestação, observa-se um aumento nos níveis de progesterona, hormônio que deixa os fios sedosos, brilhantes, volumosos e muito bonitos. “Por isso, em geral, é necessário fazer pouco em relação aos fios. Hidratação em casa ou em salões está liberada. Evite apenas aqueles xampus e condicionadores para tratamento de seborreia e que contenham o conservante parabeno”, defende.Procedimentos que alteram a estrutura e a conformação dos fios, como escova progressiva e permanentes, não são permitidos. “Esses tratamentos contêm produtos proibidos durante a gestação, como formol, que, mesmo em quantidades mínimas e autorizadas para o uso em não gravidas, poderão causar danos ao bebê”, afirma Mariana.
RostoSe os produtos anti-idade já fazem parte da sua rotina, esqueça. Durante a gestação, menos é mais quando o assunto é cuidados com o rosto. “Muitos desses produtos são potencialmente causadores de má-formação, como os que levam ácido retinóico. O ideal é que a mulher faça a higiene com sabonete específico para a sua pele, de preferência um indicado pelo seu médico, e use vitamina C, que não tem contraindicações e ajuda aprevenir melasma gestacional e rugas”, diz Natalia. Flávia ressalta que nem todos os ácidos estão proibidos. “Após o terceiro mês, ácido ascórbico, ácido láctico, ácido glicólico, ácido kójico e ácido azeláico podem ser usados, desde que em concentrações adequadas.”
O protetor solar é mandatório, segundo as especialistas. “Intensificar a proteção contra os raios do sol é fundamental. A mudança hormonal propicia o aparecimento de manchas, principalmente no rosto, e o sol piora muito o quadro. Se for necessário, use, além de cremes, roupas com proteção solar”, afirma Mariana.
Limpezas de pele e peeling também devem, preferencialmente, ser deixados de lado no período. “Se realmente for necessário alguma intervenção, deve ser feita de modo direcionado para grávidas, com produtos adequados para ela”, indica Samantha Kelmann, dermatologista do Hospital 9 de Julho. A médica ainda afirma que, caso a pele se torne acneica, o correto é procurar um dermatologista para indicar as medicações e cuidados individuais mais adequados à paciente.
Getty Images

CorpoA maior preocupação das mulheres durante a gestação tende a ser o surgimento de estrias, e a melhor maneira de preveni-las é manter a pele sempre hidratada. “É como se a pele fosse um monte de células de mãos dadas, todas bem juntinhas. Há um certo espaço para que seus braços estiquem e, quando esse estiramento é maior do que se pode suportar, surgem as estrias. A maior arma contra elas é uma hidratação potente desde os primeiros meses”, explica a ginecologista e obstetra Natalia.
Flavia lista os ingredientes que são permitidos nas formulações de hidratantes: glicerina, ceramidas, aquaporinas, pantenol, manteiga de karité, óleos (amêndoas doces, framboesa, semente de uva, rosa mosqueta), silicone, polipeptídeos botânicos e lactato de amônia. “Esses ingredientes auxiliam não só na hidratação da pele como também o aumento da elasticidade. Deve-se evitar hidratantes contendo ureia, chumbo e cânfora, pois a ureia aumenta a absorção de outras substâncias, e o chumbo e a cânfora podem causar alterações fetais”. É importante ressaltar que escolher produtos com um cheiro mais suave ajuda a evitar enjoos.
Os tratamentos estéticos com lasers, luz intensa pulsada, peelings químicos, toxina botulínica e preenchedores são contraindicados na gestação. Já drenagem linfática pode ser incluída à rotina. “Ela auxilia a circulação, evitando edemas incômodos e melhorando o conforto da gestante. Movimentos delicados poderão trazer benefícios da drenagem sem piorar varizes. Cuide apenas para manter a barriga de lado, quando a gravidez já estiver avançada, para minimizar risco de mal-estar e hipotensão”, afirma a ginecologista e obstetra Mariana.
O cuidado com as mamas segue a linha do com o resto do corpo. “Já as aréolas mamárias deverão ser preparadas para a amamentação ao final da gestação. Isso pode ser conseguido através de exposição solar por dez minutos ao dia, antes das 10h ou após às 16h, deixando-as mais resistentes e menos susceptíveis às rachaduras. Portanto, não aplique hidratantes nos mamilos”, diz Flavia.
UnhasEscolher esmaltes hipoalergênicos é a principal recomendação das especialistas. No entanto, Natalia alerta para o fato de que ter o seu próprio kit para fazer as unhas ajuda a evitar infecções perigosas. “Isso vale para todas as mulheres: é melhor ter o seu alicate sempre higienizado em mãos.”

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Como evitar e tratar as estrias que podem surgir na gestação

Uma das maiores preocupações estéticas femininas é o surgimento de estrias. Na gestação, o medo aumenta e não é para menos: estudos mostram que mais de 70% das mulheres apresentarão o problema. Esse tipo de cicatriz na derme é muito comum, mas pode ter grande impacto estético e psicológico. “Existem várias teorias para justificar seu aparecimento. A mais aceita é a de que as alterações hormonais de determinadas situações, associadas ao estiramento mecânico da pele, causem fragilidade e ruptura de fibras elásticas e de colágeno”, explica a dermatologista Thais Bello, de São Paulo. Justamente o que acontece na adolescência e na gravidez, quando o aparecimento das temidas linhas é mais frequente. E há ainda a predisposição genética. “Estudos mostram quadros mais severos em indivíduos negros e com maior índice de massa corpórea. As fumantes também parecem estar mais predispostas”, diz Thais.

Prevenção
Na gestação, as estrias podem aparecer nas coxas, mamas e abdome, principalmente a partir da 24ª semana. Mulheres que engravidam bem jovens correm mais risco do que as mais velhas, pois a pele delas é menos complacente ao estiramento. As com maior ganho de peso também são mais suscetíveis. “As mulheres obesas devem planejar a gestação para depois da perda de peso”, orienta Thais.Os hidratantes podem e devem ser utilizados tanto durante a gravidez quanto fora dela. “Parte da elasticidade da pele é dada pela quantidade de água da epiderme. A utilização do produto auxilia na prevenção da formação das estrias”, afirma Ana Mosca, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro. Dê preferência a cremes e óleos vegetais com fragrância leve. Em geral, produtos específicos para gestantes são mais seguros, pois não contêm substâncias contraindicadas, além de possuir boa textura para uma massagem leve. “O uso de ácidos retinoicos e hidratantes à base de ureia a 10% é contraindicado durante a gravidez”, alerta Ana.

Tratamentos
A estria é uma cicatriz e permanente, mas é possível melhorar bastante seu aspecto, dependendo da profundidade, da extensão e do tipo. As mais recentes, que costumam ser avermelhadas, estão na melhor fase para o tratamento. Para atenuar a marca, procure um médico especialista. Ele vai levar em conta a cor da pele da paciente, se ela está gestante ou amamentando, se tem o hábito de se expor ao sol e a que grau de invasividade está disposta a se submeter. “O mais comum hoje em dia é o uso de retinoides, ácido glicólico, formulações magistrais com vitamina C, alfa-hidroxiácidos, peelings químicos e intradermoterapia” recomenda Ana.

Produtos
 produtos-gravidas-estrias-01
1. Bálsamo corporal, La Roche-Posay, R$ 89,90
2. Creme de Uréia e Óleo de Semente de Uva, Granado, R$ 41
3. Emulsão para prevenção de estrias, Natura, R$ 52,80
4. Loção compatível com a lactação, Mustela, R$ 149,90

 produtos-gravidas-estrias-02
1. Loção hidratante Hidramamy, Mantecorp, R$ 45
2. Creme pré e pós-parto, O Boticário, R$ 52,99
3. Óleo de bétula, Weleda, R$ 95,10
4. Óleo de amêndoas, abacate e uva, Paixão, R$ 25,90


Maria Flor Calil

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A anestesia para o parto


Desde a confirmação da gravidez, diversas são as dúvidas das futuras mamães, especialmente as de primeira viagem. Algumas delas, no entanto, podem ser facilmente resolvidas com uma boa conversa com um especialista. É o caso da anestesia para o parto. Várias são as técnicas e indicações, e ninguém melhor do que o médico anestesiologista para explicar às gestantes como funciona todo o processo de analgesia, e quais as indicações para cada caso.

As anestesia regionais, entre as quais se destacam os bloqueios neuroaxiais (peridural, raquianestesia e combinada raqui-peridural) são as mais utilizadas, explica o dr. Carlos Othon Bastos, membro da Comissão Científica da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP) e ex-presidente do Comitê de Anestesia em Obstetrícia da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Aplicadas adequadamente, são capazes de abolir completamente a dor de qualquer fase evolutiva do trabalho de parto, inclusive no parto normal.
“O parto normal, com a utilização de técnicas adequadas de analgesia espinhal, apresenta inúmeras vantagens para o binômio materno-fetal”, afirma dr. Carlos.
Além disso, explica ele, a anestesia diminui a sobrecarga cardiorrespiratória materna, que pode se tornar bastante intensa na progressão do trabalho de parto.
“Ao aplicar a anestesia, reduzimos a liberação de catecolaminas e outros hormônios e substâncias ligadas ao estresse e à dor, o que repercute de forma positiva sobre o concepto contribuindo para a manutenção de adequado fluxo sanguíneo útero-placentário”.
Os avanços da anestesia
Um recente marco na anestesiologia foram os diversos estudos favoráveis e consequente proliferação do uso de opióides espinhais na década de 90, permitindo a redução significativa da concentração e da dose de anestésicos.
“Estes fármacos possibilitam a abolição da dor, porém mantêm o tônus motor e o equilíbrio necessários para um bom andamento do parto”, explica o anestesiologista.
Mitos e verdades
Um equívoco bastante comum é achar que a anestesia pode prejudicar a dilatação do colo do útero durante o trabalho de parto.
“Se realizada de forma adequada, com fármacos em quantidades e concentrações ideais, a anestesia regional interfere de forma mínima e, às vezes, até mesmo benéfica na evolução da dilatação do colo uterino. Assim, causamos diminuição insignificante da força motora, mantendo a capacidade da parturiente de atuar de forma ativa para o nascimento do concepto através dos esforços expulsivos”, pondera dr. Carlos.
Prevenção de riscos
Apesar dos benefícios da peridural, há algumas contra-indicações. Mulheres que apresentem distúrbios adquiridos ou congênitos de coagulação, ou portadoras de algumas cardiopatias e doenças neurológicas, não devem se submeter a esse procedimento anestésico. Nestes casos, é necessário disponibilizar métodos alternativos de analgesia, como técnicas sistêmicas, para que não se privem do alívio da dor.
Complicações ocasionadas pela anestesia, embora raras, podem acontecer. Por isso, a anestesia deve ser realizada por médico anestesiologista, que é o profissional adequadamente treinado para o procedimento. Além disso, ter os equipamentos necessários para a analgesia e monitoramento da parturiente e do feto é imprescindível para identificar e tratar precocemente eventual intercorrência.